Rio - A turista argentina Natalia Lorena Cappetti, de 42 anos, baleada com três tiros no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, segue internada em estado grave no Hospital Souza Aguiar, no Centro, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde. Não há previsão da alta. Ela estava acompanhada de outras três pessoas — uma de nacionalidade argentina e outras duas, espanhola — em um carro a caminho do Cristo Redentor, quando erraram o caminho e entraram por engano na favela, segundo a Polícia Militar.
Em nota, o comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) dos Prazeres afirmou que uma guarnição policial socorreu os turistas na rua Gomes Lopes. “De acordo com o relato das vítimas, criminosos dispararam contra o carro do grupo. Na ação, uma turista foi ferida. A Unidade realiza buscas, na tentativa de localizar os envolvidos no episódio”.
A ocorrência foi registrada na Delegacia Especial de Apoio ao Turista (DEAT). O marido da turista argentina foi ouvido especializada. Além dele, um casal de espanhóis que estavam no veículo também prestaram depoimento. No entanto, nem o marido de Natalia, Juan Dib, ou o casal de nacionalidade espanhola que estava no automóvel alvo dos criminosos, reconheceu os atiradores.
Agora, a polícia aguarda Natália se recuperar para apresentar as mesmas fotos do álbum de traficantes da delegacia. Ela foi atingida na barriga e na perna por dois disparos.
Segundo a delegada Valéria Aragão, titular da unidade, as medidas necessárias para prosseguir com a investigação do fato estão sendo adotadas. O grupo seguia para o Cristor Redentor através do aplicativo Google Maps, quando entrou por engano na comunidade.
O espanhol dirigia o carro. As mulheres estavam no banco de trás. "Os bandidos não encostaram no carro e nem roubaram nada. Atiraram e desapareceram", disse a delegada. O casal argentino chegou ao Rio no último dia 21 e os espanhóis desembarcaram dois dias depois.
Italianos foram vítimas
Há 82 dias, um turista italiano foi morto ao cruzar de moto uma das ruas da mesma favela. Roberto Bardella, de 52 anos, foi atingido por um tiro de fuzil na cabeça e morreu na hora. Ele estava acompanhado do primo, o também italiano Rino Polato, 59, e voltavam de uma visita ao Cristo Redentor. Na descida, quiseram passar em uma oficina mecânica nos Prazeres, quando foram abordados por supostos traficantes.
Rino Polato chegou a ficar horas reféns dos bandidos, até ser liberado com o corpo do primo.