Rio - O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, decidiu cortar em 30% os salários de professores e funcionários da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). A instituição está sem aulas há cinco meses por causa de uma grave crise financeira. A informação foi adiantada pelo colunista Ancelmo Góis, do jornal O Globo, nesta quinta-feira. Fontes ligadas ao Palácio Guanabara confirmaram ao DIA que haverá mudanças para os servidores, mas sem detalhar quais são as alterações.
Até a publicação desta reportagem, nenhum representante da Associação dos Docentes da Uerj (Asduerj) havia se posicionado sobre o caso. Nesta quinta-feira, centenas de estudantes, servidores e professores fizeram um protesto contra o governador. Os manifestantes pedem o pagamento dos terceirizados, professores e dos nove mil bolsistas.
Já nesta terça-feira, os docentes decidiram em assembleia que, até o momento, não há condições para o retorno às aulas. A decisão dos professores levou em consideração os serviços como a manutenção, limpeza, segurança e o funcionamento do restaurante universitário que ainda não foram garantidos.
Em nota, o Psol repudiou a medida de Pezão. "Estamos estudando medidas legislativas e jurídicas para barrar esse absurdo. É mais uma atitude criminosa de um estado que já não paga os salários, não repassa as cotas mensais da Uerj desde o início do ano passado e não regulariza as bolsas de ensino. A volta às aulas tem sido adiada sucessivamente por completa falta de condições mínimas de salubridade para alunos, professores e funcionários", completou o partido.
Leia a íntegra da nota do Psol
"A bancada do PSOL repudia de forma veemente a ação do senhor Pezão de cortar 30% dos salários dos professores da UERJ. Estamos estudando medidas legislativas e jurídicas para barrar esse absurdo. É mais uma atitude criminosa de um estado que já não paga os salários, não repassa as cotas mensais da UERJ desde o início do ano passado e não regulariza as bolsas de ensino. A volta às aulas tem sido adiada sucessivamente por completa falta de condições mínimas de salubridade para alunos, professores e funcionários.
O mesmo Pezão que comete mais esse atentado contra a educação e a pesquisa de uma das mais conceituadas instituições do Brasil, é o que permite que alguns de seus secretários custem ao estado mais de R$100.000 ao mês, vetando a lei que impediria isso.
Esse governo não tem mais condições de continuar. Enquanto é perverso com a população, segue aliviando as grandes empresas que devem bilhões ao estado.
O PSOL e a sociedade fluminense estão juntos: FORA PEZÃO!"