Rio - A partir de hoje está aberta, oficialmente, a temporada de vacinação em massa contra a febre amarela no Rio de Janeiro. A vacina passa a fazer parte do calendário de imunização do município e estará disponível para toda a população nas 233 unidades da rede de atenção primária (incluindo Clínicas da Família e Centros Municipais de Saúde — CMSs). A expectativa é imunizar todas as crianças acima de 9 meses e adultos até 59 anos, com exceção dos grupos que possuem alguma contra-indicação. Na prévia do novo esquema, no sábado, 213 mil pessoas foram vacinadas. Desde o início do ano, já foram aplicadas mais de 400 mil doses do imunizante na cidade.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) garante que não faltará vacina e que não será necessário distribuir senhas. O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados das 8h às 12h. A notícia animou a vendedora Renata Vicente, de 35 anos, que tentou se vacinar no sábado, no CMS Heitor Beltrão, na Rua Desembargador Izidro, na Tijuca, mas desistiu ao se deparar com a enorme fila que se formou do lado de fora. As pessoas precisaram esperar em média duas horas.
“Tenho que viajar para Miracema, no Noroeste Fluminense, incluída na área de recomendação da vacina para quem se desloca para lá. Mas como não pude ficar na fila por conta do trabalho, acabei não conseguindo ainda fazer. Vou tentar amanhã (hoje) e espero ter sucesso”, conta.
De acordo com a SMS, não há estimativa de como será a procura nos próximos dias, mas não há necessidade de correria, já que a cidade do Rio não é área de ocorrência da doença e a vacinação no município acontece de forma preventiva. “Não haverá limitação de doses”, completou. O município já recebeu o primeiro lote do reforço do Ministério da Saúde para dar conta do atendimento. “Não tem como receber todas as doses porque não tem como armanezar tudo, mas há doses suficientes. De acordo com a necessidade, serão pedidas mais ao ministério”, informou a assessoria da SMS.
Com a inclusão de mais 199 endereços para vacinação (até sexta-feira eram 34), a expectativa é que as filas sejam reduzidas. Em cada unidade de saúde, uma média de cinco funcionários está envolvida no atendimento. A orientação é que as pessoas procurem o posto mais próximo para evitar deslocamentos. Para encontrar o endereço, acesse http://www.rio.rj.gov.br/web/sms/onde-ser-atendido
Morte de mico na Baixada é investigada
A morte de um mico no bairro da Taquara, em Duque de Caxias, será investigada a partir de hoje pelo Instituto de Veterinária Jorge Vaitsman, no Rio. O animal foi encontrado por uma moradora no sábado e recolhido ontem pela Vigilância Sanitária municipal. Após tentativas frustradas de contato com órgãos competentes, a moradora Kátia Oliveira, 48, recolheu o primata e o armazenou no freezer de casa. “Peguei com uma luva, esvaziei o freezer e coloquei o mico para congelar”, disse ao DIA.
A morte de primatas pode indicar a existência de febre amarela em uma região. O macaco é apenas hospedeiro do vírus e não transmite a doença. Especialistas alertam que qualquer animal morto só deve ser recolhido por órgãos municipais, estaduais ou federais. Desde outubro, 63 macacos foram achados mortos no estado. Três deles tiveram a febre amarela confirmada.Quem encontrar macacos mortos na capital deve informar à prefeitura pelo telefone 1746, 24 por dia.