Por thiago.antunes

Rio - A morte da estudante Maria Eduarda Alves Ferreira,em escola em Acari, reacendeu o debate sobre a quantidade de armas que circulam no estado. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), no ano passado, 9.014 armas de fogo foram apreendidas no Rio de Janeiro, o que representa uma média de uma por hora.

Este ano, segundo a Polícia Militar, pelo menos 105 fuzis foram retirados das mãos de traficantes. O caso mais recente ocorreu ontem de manhã, durante operação da PM na Favela de Antares, em Santa Cruz. No mercado negro, esse tipo de armamento custa até R$ 30 mil.

O campeão de apreensões de fuzis no estado foi o 41º BPM (Irajá), que atua na região onde a estudante foi morta. Ela foi atingida por três tiros, sendo um de fuzil calibre 762 e dois de pistolas calibre 9mm — as armas são de uso restrito da PM e das Forças Armadas.

Especialistas em Segurança apontam a falta de fiscalização nas fronteiras e de um plano nacional integrado de segurança como os principais fatores para a multiplicação de armas nos estados.

Em São Paulo, a polícia apreendeu 16.873 armas de fogo em 2016, o que representa média de duas apreensões por hora. Especialista em Segurança e ex-capitão do Bope, Paulo Storani afirma que é possível entrar no país com armas e drogas sem passar por bloqueios da Polícia Federal. “O ideal seria interceptar a chegada no Rio, mas nunca houve política pública para coibir a entrada de armas de grosso calibre nas comunidades”, disse.

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