Rio - A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) vai se encontrar com integrantes do Ministério Público e da rede social Facebook nesta semana. O intuito é tomar medidas legais contra os chamados curadores do Jogo Baleia Azul, que através de desafios diários incentiva crianças e jovens a automutilações e até suicídios.
“Estamos tomando as providências para inspecionar alguns perfis suspeitos. Essa semana haverá uma série de procedimentos administrativos nesse sentido”, afirmou a delegada interina da DRCI, Fernanda Fernandes.
Até agora, dois casos foram confirmados pela Polícia Civil. Duas adolescentes de 14 e 15 anos, uma moradora do interior do Rio e outra na Zona Oeste da capital, foram mesmo cooptadas por curadores, como se autodenominam as pessoas que recrutam e coagem jovens a participar dos desafios.
O terceiro caso, revelado com exclusividade pelo DIA, foi o de um menino autista de 13 anos, que chegou à escola com cortes nos braços. A DRCI está tentando contato comcontato com a família.
Suspeita com adulta
Um outro caso está sendo analisado pela DRCI: o de uma jovem de 25 anos. Ela caiu no sábado do segundo andar de um prédio na Rua de Santana, no Centro do Rio. Cortes no corpo sugerem que ela teria ligação com o jogo Baleia Azul.
De acordo com o Disque-Denúncia, até a tarde de ontem, 101 denúncias de pessoas que participam do jogo já chegaram ao programa.
A delegada Fernanda Fernandes pede para que caso os pais se deparem com as mensagens nas redes sociais de seus filhos, que não as apaguem. “É importante entrar em contato com a delegacia e depois com a rede social, pois a mesma pode apagar o perfil e dificultar a identificação”, disse.