Rio - Sindicatos, trabalhadores, além de movimentos sociais e estudantis aderem à greve geral, marcada para esta sexta-feira. Categorias como técnicos e docentes das universidades federais e estaduais do Rio de Janeiro, bancários e portuários devem se juntar à mobilização. No entanto, as concessionárias de transportes —metrô, trens e barcas — informaram que vão funcionar normalmente.
A paralisação, que ocorre em vários estados do país, foi idealizda pela CUT, Força Sindical, UGT e outras sete centrais sindicais. Na pauta de reivindicações estão o fim da reforma trabalhista e da Previdência e a realização de eleições diretas para presidente.
A greve geral ocorrida no último dia 28 de abril foi considerada pelas centrais sindicais a maior da história. As estimativas das centrais é que cerca de 40 milhões de trabahadores tenham aderido ao movimento.
Em nota, o MetrôRio ressaltou que a operação será sem redução de frota e número de funcionários. Já a SuperVia disse que vai monitorar o fluxo de passageiros para reforçar a operação, caso seja necessário.
Segundo a CCR Barcas, o serviço de transporte aquaviário vai operar normalmente, com intervalos regulares de dias úteis. Em caso de possível aumento de demanda, a concessionária vai disponibilizar embarcações em estado de prontidão para o devido atendimento.
De acordo com a CET-Rio, equipes estarão em estágio de atenção desde a madrugada desta sexta-feira. Já a CCR Nova Dutra, que administra a Rodovia Presidente Dutra, informou que em virtude do anúncio de eventuais paralisações da via pelos movimentos de trabalhadores foi deferida uma liminar de Interdito Proibitório, visando coibir qualquer tentativa de bloqueio da via.
A liminar foi concedida nesta quinta-feira, 29 de junho, pela Juiza Federal Patrícia Cotrim Valério, titular da 1ª Vara Estadual de Santa Isabel, e é válida para toda a rodovia Presidente Dutra, em seus 402 quilômetros, nos trechos de São Paulo e Rio de Janeiro. De acordo com a liminar, “em caso de desobediência, que os réus sejam compelidos ao pagamento da multa em valor de R$ 300.000,00 por ato de descumprimento e determinado ainda o distanciamento mínimo de 500m de pessoas e veículos (participantes das manifestações) das praças de pedágio.
Em nota, a concessionária afirma que respeita o direito democrático de manifestação dos cidadãos, mas não pode permitir que os direitos de ir e vir de seus usuários sejam prejudicados.
Na tarde desta sexta-feira, sindicatos e movimentos sociais realizam uma manifestação no Centro do Rio, contra as reformas trabalhistas e da Previdência que tramitam no Congresso Nacional. A mobilização terá concentração a partir das 17h, na Igreja da Candelária.