Rio - Milhares de manifestantes protestam contra as reformas trabalhistas e da Previdência, além de pedir a saída do presidente Michel Temer e eleições diretas, no Centro do Rio. O ato, que foi convocado por centrais sindicais e movimentos sociais, se concentrou na Candelária no fim da tarde desta sexta-feira, e seguiu em direção à Avenida Presidente Vargas.
Diversas categorias, como professores e bancários, aderiram à Greve Geral. Os manifestantes carregam faixas e cartazes com dizeres de "Fora Temer" e "contra as reformas trabalhista e da Previdência".
Por volta das 19h50, iniciou-se uma confusão entre manifestantes e policiais militares que acompanhavam o ato, que seguia sem nenhum incidente. De acordo com relatos de militantes, policiais lançaram bombas de efeito moral contra os ativistas, após as centrais sindicais anunciarem o término do ato. Os manifestantes lançaram pedras e pedaços de pau contra os PMs.
Uma homem, ainda não identificado, ficou ferido. Alguns adeptos da tática black bloc fizeram barricadas e atearam fogo em lixeiras da via. O Corpo de Bombeiros controlou as chamas minutos depois. Ainda não há informações sobre detidos. O ato foi totalmente dispersado por volta das 20h40.
De acordo com o Centro de Operações da Prefeitura (COR), a Avenida Presidente Vargas foi interditada totalmente entre a Candelária e a Cidade Nova. A Rio Branco também foi fechada ao trânsito. O COR recomenda aos motoristas que vem da Zona Norte sentido Centro: seguir do Estácio pela Rua Frei e acessar a região da Lapa.
Já para os motoristas que estão no Centro e querem acessar a Avenida Brasil, a opção é a Via Expressa do Porto, que também é opção para quem está na região do Aterro do Flamengo e Lapa, no sentido Av. Brasil. Outra possibilidade é para os motoristas que seguem pela Rua 1° de Março é seguir pelo Túnel Rio 450.
O MetrôRio informou que o acesso B (Alfândega) da Presidente Vargas foi temporariamente fechado devido a movimentação intensa na área externa. Já o VLT reforçou que linhas: 1 opera entre a rodoviária e a Parada dos Museus; a linha 2 está com serviço interrompido.
Protestos e trânsito
Mais cedo, protetos por toda a cidade complicaram o trânsito. As manifestações bloquearam as principais vias da cidade, como a Avenida Brasil, Linha Vermelha e a saídas da Ponte Rio-Niterói e da Ilha do Governador. O município entrou em Estágio de Atenção às 6h20 e o congestionamento chegou a 72 quilomêmtros na cidade, mais que o dobro do esperado, já que a médias das últimas três sextas-feiras foi de 35 quilômetros.
Greve geral
Sindicatos, trabalhadores, além de movimentos sociais e estudantis aderiram à greve geral, marcada para esta sexta-feira.
A paralisação, que ocorre em vários estados do país, foi idealizda pela CUT, Força Sindical, UGT e outras sete centrais sindicais. Na pauta de reivindicações estão o fim da reforma trabalhista e da Previdência e a realização de eleições diretas para presidente.
A greve geral ocorrida no último dia 28 de abril foi considerada pelas centrais sindicais a maior da história. As estimativas das centrais é que cerca de 40 milhões de trabahadores tenham aderido ao movimento.