Rio - A Polícia Militar, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) realizam, na manhã desta quinta-feira, uma megaoperação em 16 comunidades da capital, Baixada Fluminense e Região Metropolitana. Denominada de Operação Estado Paralelo, a ação tem o objetivo de combater o tráfico de drogas. As equipes estão no Morro dos Prazeres, na Vila Cruzeiro, no Parque União e no Complexo do Chapadão, além das unidades prisionais em Gericinó e Japeri.
De acordo com a corporação, as equipes vão cumprir 31 mandados de prisão e 130 de busca e apreensão nesta manhã. Do total, 12 mandados são para aqueles que já estão presos, mas ainda continuam trabalhando para o tráfico de drogas com o uso de celulares nas cadeias.
Entre os denunciados estão o chefe da organização criminosa, Ipojucan Soares de Andrade, também conhecido como Coroa ou JJ, que está preso desde 2015, e seu filho adotivo, Silvio Cesar de Jesus Esteves, o Silvinho. Marcelo da Silva Guilherme, o Marcelinho dos Prazeres, também está na lista. Preso desde 2013, ele assumiu o comando da quadrilha na região enquanto Coroa estava no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) e sem comunicação por telefone.
Segundo o MP, Marcelo manteve o controle do tráfico no Morro dos Prazes e, recentemente, o controle da organização passou a ser exercido do interior do presidio, por Robson Luiz Ferreira Mesquita, conhecido como 22 e também denunciado pelo órgão.
O Gaeco também obteve medidas cautelares de busca e apreensão nas casas e veículos de 17 PMs. Os agentes também vão verificar os armários dos batalhões e Destacamentos de Policiamento Ostensivo (DPOs) em que os militares são lotados. A denúncia do MP mostra que esses policiais receberiam propina para não reprimir o tráfico de drogas nas comunidades de Engenheiro Pedreira e Japeri. Até o momento, ainda não foi divulgado um balanço da operação.