Rio - A Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) desarticulou, na manhã desta terça-feira, uma quadrilha de traficantes que atuava em diversas cidades da Região dos Lagos e possuía conexão com favelas do Rio como Mangueira, e Parque União e Nova Holanda, no Complexo da Maré. As ações contaram com 300 agentes da Polícia Civil para cumprir 38 mandados de prisão em diversas cidades. No total, 28 pessoas foram presas, algumas delas lideranças do tráfico nas regiões investigadas.
A operação ocorreu em Cabo Frio, Armação de Búzios, Arraial do Cabo, Rio das Ostras, Araruama, Maricá, na Região dos Lagos, e também em Silva Jardim, Conceição de Macabu, no Norte do estado, e em São Gonçalo, na Região Metropolitana, além de outros locais.
A operação, chamada de Metástase, teve como principal objetivo identificar toda a cadeia criminosa que atuava nas regiões investigadas e seus integrantes. Segundo a polícia, algumas lideranças do tráfico passavam despercebidas porque não possuíam anotações criminais, se deslocando livremente sem ser incomodadas.
Titular da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), Felipe Curi disse que a investigação começou há um ano e contou que mulheres eram responsáveis por transportar drogas das favelas da capital em ônibus para as cidades tomadas pelo tráfico. Já o armamento era levado em carros. Ao todo, foram três mulheres presas na operação desta terça-feira.
De acordo com a polícia, as quadrilhas estavam preocupadas em reforçar o poderio bélico para evitar possíveis invasões de traficantes rivais. Curi destacou que o grupo tinha um faturamento de R$ 250 mil por semana, somando todas as cidades em que atuava.
A maioria dos presos antes já tinha passagem pela polícia. Se forem condenados, os suspeitos podem ter que cumprir pelo menos 30 anos de cadeia. "Sentimos a necessidade de fazer uma investigação fora da capital. Agimos rápido, antes que o poder dessas quadrilhas aumentasse. Estas cidades tem um forte apelo turístico, o que ampliou os negócios dos traficantes e aumentou o consumo de drogas", explicou o delegado.
Além da DCOD, a operação contou com 300 policiais civis de diversas delegacias do DGPE (Departamento Geral de Polícia ESPECIALIZADA), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e das delegacias das regiões investigadas – 82ª DP (Maricá), 118ª DP (Araruama), 120ª DP (Silva Jardim), 122ª DP (Conceição de Macabu), 125ª DP (São Pedro da Aldeia), 126ª DP (Cabo Frio), 127ª DP (Armação dos Búzios), 128ª DP (Rio das Ostras) e 132ª DP (Arraial do Cabo).