Rio - A Polícia Militar anunciou ontem a nova estratégia de patrulhamento na área da Grande Tijuca que usará policiais das UPPs da região também no asfalto. Segundo o porta-voz da PM, major Ivan Blaz, um cinturão de segurança será montado para reduzir os índices de criminalidade na região.
“Nessa ação, o efetivo do batalhão e das UPPs irão trabalhar em parceria para realizar um patrulhamento ostensivo não só nas comunidades em processo de pacificação, como na área urbanizada da região”, explicou.
Já o comandante do 6° BPM (Tijuca), tenente-coronel João Jacques Busnello, garantiu que com a medida anunciada ontem, a população terá uma percepção maior da presença da PM nas ruas.
“Iremos dinamizar o patrulhamento montando um grande cerco para coibir os crimes. Estamos trabalhando em parceria com a Polícia Civil para identificar os criminosos que atuam na região. A prefeitura do Rio também vai ajudar, colocando a Guarda Municipal para atuar no ordenamento urbano”, ressaltou.
Ainda segundo ele, grande parte dos bandidos que agem na Tijuca são oriundos das comunidades do Jacarezinho, Mangueira e do Complexo do Lins. Busnello explicou que o efetivo nas ruas irá aumentar, mas, alegando questões estratégicas de segurança, não informou quantos policiais irão patrulhar a região.
Roberto Sá culpa fuzis
O anúncio foi feito após reunião do conselho comunitário de segurança, no 6° BPM (Tijuca), que contou também com a presença do secretário de Segurança Pública, Roberto Sá, o secretário municipal de Ordem Pública, Paulo César Amêndola, além de delegados da Polícia Civil, e comandantes das UPPs da área.
Roberto Sá, voltou a culpar o grande número de fuzis nas mãos de bandidos pelos frequentes tiroteios, como os que vitimaram três crianças nos últimos dias. “Sabemos que a vida não tem volta, mas não dá para atribuir isso (a morte de inocentes) ao trabalho da polícia, que também sangra e está sendo agredida. A PM não deve ser a única instituição a ser cobrada quando o tema é a violência urbana. Errado é o criminoso agir com tanta impunidade e ter cada vez mais acesso a armas de fogo”, afirmou. Ele destacou que que não há como evitar tiroteios em uma cidade em que os policiais apreendem um fuzil por dia.