Por nadedja.calado

Rio - "A cidade não aguenta mais", foi o comentário do prefeito do Rio, Marcelo Crivella, menos de um dia depois do tiroteio que fechou a Linha Vermelha na noite deste domingo. Durante a inauguração do restaurante popular de Campo Grande, Zona Oeste, na manhã desta segunda-feira, o prefeito se disse "revoltado" e "indignado" com o ocorrido: "Como prefeito eu acho um absurdo.  Não é possível que a gente tenha as nossas fronteiras completamente permeadas a fuzil, munição e cocaína", lamentou.

Crivella disse estar revoltado e indignado com o ocorridoEstefan Radovicz / Agência O Dia

Crivella disse ainda que já esteve em Brasília para pedir reforços na segurança do Rio: "Não chegou ainda a ajuda que foi combinada. E não estamos pedindo favor, não. O Rio de Janeiro contribui com R$ 50 bilhões por ano para o Governo Federal", argumentou. Ele disse ainda que irá se reunir com o governador amanhã: "Marquei um almoço para verificar quais são as medidas que vamos tomar". Ele não especificou se irá encontrar com Pezão, que está de licença médica, ou com o vice Fernando Dornelles, que é o governador em exercício.

De acordo com o Centro de Operações Rio, a Linha Vermelha precisou ser interditada por volta das 20h30 deste domingo por causa de uma operação policial, deixando motoristas no meio do fogo cruzado. Muitos se abrigaram no 22º BPM (Maré) que fica na via expressa. O batalhão da PM chegou a ficar sem luz por cerca de 30 minutos durante o tiroteio.

A PM fez uma operação na Favela Nova Holanda, na Maré, após manifestantes fecharem a Avenida Brasil em protesto contra o desaparecimento de dois jovens que moram na favela. Nas redes sociais, os internautas relataram muitos tiros principalmente no Parque União e na Nova Holanda. Em vídeos na Internet, eles mostraram ainda que motoristas tiveram que sair dos carros para se proteger na Linha Vermelha. A via só foi liberada às 21h, mas chegou a ser fechada novamente e reaberta 40 minutos depois.


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