Rio - Um marinheiro de 20 anos foi baleado e morto, na madrugada deste domingo, em um assalto em Rocha Miranda, Zona Norte do Rio. Thawã Simões de Carvalho estava saindo de uma festa com a namorada e amigos. Quando o grupo passava pela Rua Jabotiana, foi abordado por dois homens em uma moto, que anunciaram o assalto. O jovem teria feito um gesto brusco e um dos bandidos atirou, atingindo uma das pernas de Thawã. Ele chegou a ser socorrido na UPA de Rocha Miranda, mas a bala perfurou a veia femoral e o rapaz não resistiu.
Thawã foi enterrado às 16h desta terça-feira, no Cemitério de Irajá, também na Zona Norte do Rio. "(O enterro) foi muito triste para os familiares, ele era filho único. A mãe dele chorava o tempo todo. Os colegas da Marinha fizeram as honras de despedida. Tinha muita gente, ele era muito querido", relatou Wellington de Lima, que deu aulas de judô para o jovem desde que ele tinha 8 anos.
Segundo o professor, Thawã havia entrado na Marinha no ano passado. "Conseguimos orientá-lo, era muito disciplinado, educado. Apoiamos em tudo o que pudemos. Ele estava feliz, queria seguir carreira", disse. Além da paixão pelo esporte e pelo serviço militar, o jovem sonhava em fazer faculdade de Educação Física.
Wellington não acredita que o jovem tenha reagido ao assalto: "Ele não é o tipo de pessoa que reagiria. Ele era muito calmo. Pelo que conhecemos dele, não pode ter sido uma reação", disse ele, e pediu justiça: "Espero que a investigação seja feita da melhor forma possível e ele não vire só estatística. Este crime não pode ficar impune", lamentou.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios (DH), que está à procura de possíveis testemunhas e imagens de câmeras de segurança que ajudem a identificar os autores do crime.
Amigos e família se despedem
Nas redes sociais, entes queridos de Thawã se despediram do rapaz. "Fará muita falta. Querido, carismático, e agora brilhará no infinito céu", "Que os anjos te protejam aí de cima, meu judoca", "Sua vida para sempre encherá minha memória com lindas lembranças", foram algumas das mensagens deixadas.
Reportagem da estagiária Nadedja Calado, sob supervisão de Thiago Antunes