Rio - Um taxista foi morto na Avenida das Américas, na altura do condomínio Santa Mônica, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, neste domingo. Valmir Barcelos, de 65 anos, foi esfaqueado por volta das 19h30. O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, mas a vítima morreu no local.
De acordo com relatos, ele foi abordado por um criminoso que fingiu ser passageiro. No entanto, a Polícia Civil ainda não deu detalhes sobre o caso. O bandido conseguiu fugir.
Walmir, que trabalhava na Cooperativa Unitaxi, será velado nesta terça-feira no Cemitério do Pechincha. O enterro acontece às 14h, no mesmo local.
O taxista Ricardo Cardoso Rodrigues, de 52 anos, na praça há 18 anos, era amigo de Walmir. Ele fez um desabafo chorando muito. "É muito triste. Você não sabe quem entra no seu carro. A gente tenta evitar algumas áreas, mas hoje não é regra. Você não sabe se quem vai te assaltar está de gravata ou de chinelo. Já fui assaltado várias vezes. O Rio de Janeiro está abandonado. Vamos fazer última homenagem para o Walmir para cobrar e mostrar ao governo o nível que está a segurança no estado. Como pessoa, ele era extremamente solidário. Se furasse um pneu, mesmo com passageiro, ele parava e ajudava. Não posso dizer se ele reagiu ou não. Acredito que, pelo comportamento dele, não tenha reagido. Ele foi covardemente assassinado. Fica a dor da perna de um amigo e incetrza se logo mais eu vou ou não chegar em casa pra ver o meu filho", completou o motorista.
A amiga Tânia Maria Aquilar reforçou que qualquer lugar na cidade está perigoso para os taxistas. "Ultimamente estou ficando com medo de ser assaltada. Tenho 23 anos de praça e já fui roubada várias vezes. Da última vez, o cara era bem vestido, bem falante, queria que eu fosse pra Niterói. Peguei ele em Copacabana, pediu pra ir pra Barra e no Joa ele pegou a pistola e me assaltou", lembrou. Taxista há 20 anos, Walmir era casado e tinha uma filha.
Reportagem do estagiário Rafael Nascimento, com supervisão de Maria Inez Magalhães