Rio - Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento em que um homem joga a mala com o corpo da menina Agatha Nicole Silva Victorino, de 6 anos, em um rio, na noite desta quinta-feira, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio. A criança foi encontrada morta pela própria mãe na madrugada desta sexta, enquanto parentes faziam buscas pela região.
Ao ver as imagens, a mãe de Agatha, Luane Cristine, de 22 anos, afirmou que o homem estava entre as pessoas que ajudaram a procurar a menina logo depois que ela desapareceu. Ela contou que ninguém o conhece no bairro, mas disse que o reconheceu pelo porte físico e pelos trejeitos.
"É ele. Eu reconheço. Ele ajudou a procurar a minha filha", reforçou. Segundo Luane, o assassino atraiu a criança para a morte com biscoitos. "Tinha biscoito na mala quando abrimos e metade de um deles estava comido. Ele deve ter dado o biscoito até onde ele queria chegar", completou.
Luane destacou que a filha ainda estava viva quando ela encontrou a mala e que a menina teria respondido pelo chamado dela. "Quando eu fui na outra rua, uma mulher gritou: 'um homem acabou de jogar uma mala no rio'. Eu corri para lá e comecei a gritar o nome dela. 'Agatha, Agatha, você está aí?' E ela respondeu: 'Oi'. O Corpo de Bombeiros foi muito rápido, mas quando chegou disse que ela tinha acabado de morrer. A minha filha foi encontrada a três ruas de onde eu moro. A Agatha era ótima filha. Muito carinhosa. A minha ficha ainda não caiu. Ele vai pagar por tudo o que ele fez, pois Deus é justo. Não sei por que ele fez isso. Deve ser um maníaco estuprador", desabafou.
Relembre o caso
A família contou que Agatha estava brincando com outras crianças na vila onde morava quando foi vista pela última vez. Segundo testemunhas, um homem chegou perto de onde os pequenos estavam e chamou a menina. Depois, alguns vizinhos relataram que o suspeito estava com uma mala.
Os avós maternos de Agatha chegaram ao IML, na manhã desta sexta-feira, para reconhecer e liberar o corpo da menina. Robson Ferreira de Araújo, motorista de ônibus de 54 anos, é padastro da mãe da pequena, mas a considera como neta porque ajudou a criá-la desde novinha.
"Esse é um momento muito crítico para a família, pois foi uma covardia que fizeram com a minha neta. A família toda está desesperada. Ela tinha apenas 6 anos, e vem um delinquente e faz isso com ela", lamentou o avô, contando que ainda não sabe o motivo que levou a tamanha crueldade.
Ele destacou ainda que quer Justiça e pede que a polícia prenda o suspeito. "Não sei dizer se o cara é conhecido. Disseram que ele era magro, tinha 1,70m de altura, e acredito que ele seja um viciado. Não sei o que pode ter acontecido com ela. Como lá todos os vizinhos são conhecidos, acredito que a Nicole possa ter pensado que esse cara morasse lá perto e ter ido com ele", finalizou.
A Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios da Capital (DH) está investigando o caso para tentar identificar o suspeito. De acordo com a polícia, uma perícia já foi realizada no local.
?Com reportagem do estagiário Rafael Nascimento, com supervisão de Maria Inez Magalhães