Rio - Um homem foi morto com um tiro na cabeça após ter o seu carro atingido por criminosos que estavam em fuga em outro veículo em Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte, na manhã desta segunda-feira. Leandro Eduardo da Silva, de 33 anos, voltava para casa após deixar a mulher na estação de trem e acabou se envolvendo no acidente que lhe custou a vida.
Os ladrões, que estariam assaltando na região, fugiam em um Fox quando bateram no carro de Leandro, um Celta, na Rua Guanandi. Os assaltantes, então, tentaram roubar o veículo da vítima, segundo testemunhas disseram à Delegacia de Homicídios (DH-Capital), que investiga o caso.
"Infelizmente, deu de cara com esses maus elementos aí, que não têm nada a perder, tiram a vida de qualquer trabalhador. Agora eu quero ver se os direitos humanos vão aparecer para proteger a minha família. Porque para esses bandidos que tiram a vida da nossa família, dos nossos entes queridos, têm direitos humanos. E agora, como fica a minha família?", questionou o Celso Ferreira da Silva, cunhado de Leandro.
Segundo Celso, Leandro e a mulher faziam planos para ter um filho em breve. "Era o próximo projeto dele agora ser pai, não deu nem tempo. Passamos o Dia dos Pais juntos e hoje de manhã uma notícia dessa aí, triste. É um pedaço da gente que vai embora. Um rapaz trabalhador, obreiro da igreja, todo mundo aqui na comunidade gostava dele, não tem inimizade com ninguém. Infelizmente hoje foi ele, amanhã vai ser outro, e outro. Quando essa covardia vai parar? Quem vai confortar minha família, minha irmã?", desabafou.
A princípio, o crime teria ocorrido somente por conta do acidente com os bandidos, que realizavam roubos na região. O cunhado da vítima criticou a onda de violência que atinge o Rio.
"Se era só o carro, por que atirar? A principio foi a batida e a gente não sabe depois o que aconteceu, só que tem uma vítima lá, né? (...) Agora estes infelizes estão em casa, tranquilos pelo que fizeram. Eles não têm o que perder, eles saem para tirar a vida do trabalhador. É pessoa indo trabalhar e sendo roubada em um ponto de ônibus, celular hoje você não pode comprar, tem que trabalhar sem um brinco, sem um cordão. E ponto de ônibus só com a passagem, porque até RioCard estão levando. É daí para a pior".