Por karilayn.areias

Rio - O Disque Denúncia negocia com o setor hoteleiro do Rio, uma parceria financeira para aumentar as recompensas por informações que levem a prisão de suspeitos na morte de policiais. Segundo o coordenador do programa, Zeca Borges, empresários demonstraram preocupação com os casos de violência contra agentes, que mancham a imagem do estado e prejudicam o turismo.

“Existe o interesse de pagar R$ 50 mil ou mais, mas as coisas não estão decididas. É preciso tempo e paciência”, apontou Borges. O Disque Denúncia já havia recebido um apoio financeiro que permitiu uma recompensa de R$ 50 mil por informações de criminosos envolvidos na morte do policial da Core Bruno Buhler, assassinado em um confronto no Jacarezinho, na última sexta-feira. O valor da verba oferecida, no entanto, virou polêmica entre os internautas na página do Facebook do Disque Denúncia. As indagações eram por conta da diferença da recompensa paga por informações de assassinos de PMs.

Na semana passada, o Disque Denúncia ofereceu R$ 5 mil por informações da morte do soldado da PM Samir Oliveira. Em um post do cartaz com a foto de Bruno, usuários perguntaram qual era o critério utilizado para definir o valor das recompensas. Uma internauta, que se identificou como sobrinha de Samir, ficou indignada. “Meu tio também foi assassinado no mesmo dia e a recompensa foi bem inferior. Ele estava de serviço. Agora uma vida vale mais que a outra?”, criticou.

Zeca Borges não quis comentar o caso. A PM esclareceu que, após a morte do 95° policial, parceiros do Disque Denúncia disponibilizaram R$ 100 mil para recompensas. A corporação ressaltou que passará a oferecer R$ 50 mil por informações sobre assassinos de policiais. 

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