Por karilayn.areias

Rio - Refugiados da Angola, Colômbia, Togo e Congo desembarcarão no BRT para facilitar a vida dos passageiros. O consórcio vai inaugurar, quarta-feira, um balcão de informações para cariocas e turistas no terminal Jardim Oceânico. Na semana que vem, outro balcão será aberto no terminal Alvorada. Quatro refugiados foram selecionados, a partir de triagem da Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos, para trabalhar no projeto.

De acordo com a diretora de Relações Institucionais do BRT, Suzy Balloussier, este é um dos projetos em parceria com a secretaria que têm o objetivo de mudar a visão sobre a função do BRT. “Estamos transformando a ideia de que o BRT existe para dar acesso para a ideia de que ele tem função mais ampla. Oferecer emprego aos refugiados é o primeiro passo para integrá-los na sociedade”, diz. Ela destaca que essas vagas não eliminam postos de cariocas, fluminenses e brasileiros que já trabalhavam no BRT.

Os balcões vão funcionar de 6h às 22h, de segunda-feira a sábado. Dois refugiados trabalharão no terminal Jardim Oceânico e os outros dois, no Alvorada. Todos se comunicam em portugês e em pelo menos outro idioma. Além de tirar dúvidas do sobre o sistema, eles poderão orientar sobre como chegar a instalações públicas e pontos turísticos no entorno das estações.

Segundo a secretaria, 180 currículos foram recebidos para as quatro vagas. O consórcio pretende expandir os balcões para outras estações, como Taquara e Madureira. Suzy informou que os terminais Alvorada e Jardim Oceânico foram priorizados por serem importantes pontos de integração com demais transportes. Outro projeto começa em setembro: o Ônibus Lilás, que prestará atendimento a mulheres duas vezes por mês no Alvorada. 

TREINAMENTO COMEÇA AMANHÃ

Os contratados participarão de um curso geral sobre o BRT amanhã. Na terça-feira, receberão treinamento para atendimento ao cliente. Segundo Suzy Balloussier, os quatro são jovens e fugiram de seus países por instabilidades como ameaças, crises e guerra civil. “O rapaz da Colômbia dava aula em uma favela de Medellín e quem dominava o local não gostava de esclarecimentos que ele passava aos alunos. Ele e a família foram ameaçados.”


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