Por karilayn.areias

Rio - Os ânimos estão acirrados na prefeitura. Marcelo Crivella (PRB) decidiu exonerar a secretária municipal de Assistência Social, Teresa Bergher (PSDB), para que retorne à Câmara Municipal, retome a cadeira de vereadora e vote pelo reajuste do IPTU. A exoneração será publicada no Diário Oficial de depois de amanhã.

Se votar com o governo, Teresa terá carta branca para retornar à secretaria em seguida. Caso vote contra, perderá o posto e deixará o caminho livre para que Pedro Fernandes (PMDB) assuma. Em conversa por telefone na quarta, Teresa disse a Crivella que não votará pelo aumento do IPTU.  

Argumento 1
Teresa sustenta que Alexandre Arraes (PSDB), seu suplente na Câmara, exerce plenamente o cargo de vereador e que, portanto, cabe a ele votar qualquer projeto de lei submetido à Casa.

Argumento 2
Já Arraes e a bancada do PSDB defendem que, em votações impopulares, é de praxe que o titular retome a cadeira para sofrer o desgaste. Citam o exemplo dos secretários de Pezão (PMDB), que retornaram à Alerj para votar o pacote de austeridade.

Esperança governista
Crivella e seus aliados ainda tentam fazer com que Teresa mude de ideia e ajude o governo a aprovar o IPTU. Afirmam que o desgaste não seria grande a ponto de prejudicar a eleição dela futuramente.

Entre a cruz e a espada
Ocorre que, da forma como está redigido hoje, o reajuste do IPTU impactaria principalmente os moradores da Zona Sul, reduto eleitoral de Teresa.

Os infiéis do IPTU
O Diário Oficial de ontem mostrou uma série de trocas em cargos de diferentes setores da prefeitura. Os exonerados eram fruto de indicação de vereadores que foram contra o governo na 1ª votação do IPTU.

Mais atendimentos
O Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, já realizou 3.592 cirurgias este ano, 7% a mais que em relação ao mesmo período do ano passado. As mais procuradas foram ortopédica e vascular. O salto ocorre por conta de mutirão feito pela prefeitura no início do ano — a Secretaria de Saúde implementou o 3º turno cirúrgico.

Tirando o atraso
Há hoje 36 vetos de Pezão na Alerj (projetos aprovados pela Casa e rechaçados pelo governador). Alguns aguardam desde janeiro pela apreciação do plenário. Sob pressão dos deputados, o presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), colocará esses vetos em pauta a partir do dia 12, a cada terça, para poder votar o Orçamento.

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