Por gabriela.mattos

Rio - Após sentir fortes dores abdominais, a advogada Daniele Lima Jóia, de 37 anos, foi internada no Hospital Vitória, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, no último sábado. A mulher passou por exames e foi diagnosticada com colite, uma inflamação no intestino grosso. No entanto, três dias depois de ser hospitalizada, ela voltou a passar mal e percebeu que havia recebido duas medicações na veia de pacientes diferentes.

Mulher recebeu medicamentos errados de outros dois pacientes no Hospital VitóriaReprodução Facebook

Em um vídeo publicado na sua rede social, a advogada, que é hipertensa, mostra que as bolsas erradas tinham cloreto de sódio e ciprofloxacino (um tipo de antibiótico). Um dos remédios era para um paciente de 87 anos e o outro para uma idosa de 97. Ao ?DIA?, Daniele contou que vomitou assim que os enfermeiros trocaram o acesso venoso dela.

"Fiquei desesperada. Pedi para a minha acompanhante chamar a enfermeira, porque não sabia arrancar aquilo. Ao chegar no quarto, a enfermeira retirou os medicamentos e detectou que eu estava com a pressão alta. Só no dia seguinte de manhã uma equipe do hospital foi ao quarto me pedir desculpas", lembrou a advogada, que recebeu alta na tarde desta quinta-feira.

Daniele lamentou o ocorrido e destacou que vai tomar as "medidas judiciais cabíveis". Na terça-feira, dia em que observou o erro, a advogada divulgou o caso na Internet. Até a publicação desta reportagem, a postagem tinha ultrapassado os 18 mil compartilhamentos.

"Além de todo o fator físico e psicológico, me senti totalmente insegura e vulnerável, uma vez que dependia ainda do resultados dos exames. Estava ali buscando saúde e acabei correndo risco de morte. Não dormi as noites seguintes, mas graças a Deus tive alta hoje [quinta-feira]", completou.

Procurada pelo ?DIA?, a assessoria de imprensa do Hospital Vitória informou que o sistema eletrônico que controla a dispensa de medicamentos é "inteiramente rastreável e funcionou como devido. "A instituição lamenta o incidente ocorrido na etiquetagem manual, feita após as conferências prévias de segurança, e reitera que a medicação dispensada à paciente em questão estava correta", acrescentou, em nota.

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