Por thiago.antunes

Rio - O Banco do Brasil disponibiliza uma linha de crédito para Pessoas com Deficiência, voltada para aquisição de produtos e serviços de tecnologia assistiva. Desde seu lançamento, em 2012, foram liberados R$ 300 milhões para compra de itens como aparelhos auditivos, cadeiras de rodas e próteses, além de adaptações veiculares, residenciais e serviços tecnológicos, como ampliadores de tela e programas de computador, entre outros.

Para ter acesso à linha de crédito, a pessoa deve ser correntista do Banco do Brasil e deve ter limite de crédito disponível e renda máxima de até 10 salários mínimos. O valor do financiamento é de no mínimo R$ 70 e máximo R$ 30 mil e prazo de 4 a 60 meses.

Apenas 1% dos brasileiros com deficiência está no mercado de trabalho

Segundo Ministério do Trabalho, cerca de 24% da população possui algum tipo de deficiência no país, mas apenas 400 mil exercem atividade profissional. As empresas preferem pagar multa a respeitar legislação e promover a inclusão.

Muitos enfrentam dificuldades de inserção social, sendo que exercer uma função profissional pode ajudar a ultrapassar essas dificuldades. Mesmo frente a esse cenário adverso, a participação de pessoas com deficiência intelectual vem crescendo no mercado de trabalho formal.

O contingente de trabalhadores nessa condição passou de pouco mais de 25 mil em
2013 para mais de 32 mil em 2015, ano da divulgação da última Relação Anual de Informações Sociais (Rais). A coordenadora do Setor de Inserção no Mercado de Trabalho da APAE/DF (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), Adriana Lotti, explica que as pessoas com deficiência estão mostrando sua capacidade, mas poucos empregadores dão oportunidade de trabalho pensando na função social.

“De qualquer forma, é uma maneira de irem para o trabalho e mostrar que são profissionais e bons trabalhadores”, disse.

Brasil pode ser o país mais afetado pelo aumento de cegos

Segundo estimativas de um estudo divulgado na Revista ‘Lancet’— publicação científica sobre medicina, publicada pela Elsevier no Reino Unido, pelo Lancet Publishing Group—, o total de pessoas afetadas deve saltar de 36 milhões para 115 milhões em 2050, no mundo. As pessoas com visão comprometida podem passar dos atuais 217 milhões para 588 milhões, tema discutido no 61° Congresso Brasileiro de Oftalmologia, em Fortaleza.

Hoje existe cerca de 1,2 milhão de cegos no Brasil, prognóstico negativo para o país, por causa do grande número de acidentes e da dificuldade de acesso à saúde, comenta o oftalmologista Dr. Paulo Augusto de Arruda Mel, ex-Presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.

Grande parte dos casos de cegueira é reversível— caso das pessoas com catarata e que ainda não passaram por cirurgia. Outros casos podem ser irreversíveis, como retinopatia diabética, glaucoma e degeneração macular, se não forem tratados a tempo.

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