Rio - A Justiça Federal decretou a prisão do vereador de Nilópolis, Rafael Pereira Nobre (PP), o mais votado do município e que integra a Comissão de Segurança da Casa. Nobre foi condenado a 11 anos, 11 meses e 15 dias de prisão, por associação para o tráfico e tráfico internacional de drogas. É considerado foragido da Justiça. A mulher do vereador, a secretária de Desenvolvimento Social da Prefeitura de Nilópolis, Michelle Azeredo da Silva, também foi condenada no mesmo processo a cinco anos de reclusão, porém, em regime semiaberto.
Rafael foi condenado a 11 anos de prisão e diz que é perseguiçãoReprodução Facebook

O DIA tentou contato com a secretária Michelle, porém, no gabinete foi informado que ela estava em reunião e não podia atender. Na sala do vereador Rafael Nobre, a informação era de que ele não foi trabalhar. O advogado do vereador, Luiz Paulo Matos de Aquino, informou que já entrou com um pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo ele, Rafael Nobre é vítima de perseguição política. "O processo é de 2010. Entre os 21 réus, o vereador e a mulher foram os únicos que ficaram em liberdade durante o processo".

Aquino fez questão de destacar que a acusação de tráfico não tem relação com drogas como maconha e cocaína. "Era coisa de anabolizante e remédio para disfunção erétil", explicou.

De acordo com a denúncia, Rafael Nobre, cujo codinome era Patrão, participava de uma quadrilha que traficava do Paraguai para o Brasil, anabolizantes, lança-perfume e medicamentos vendidos sob controle e revendia em localidades da Baixada Fluminense e da Zona Oeste do Rio. A denúncia destaca que "o potencial criminosos de Rafael Pereira desponta ainda na facilidade com que ele se desloca pessoalmente ao Paraguai, a fim de tratar diretamente de seus negócios ilícitos". Mesmo sendo a primeira vez que disputou uma eleição, Nobre conquistou 2.773 votos, tornando-se o mais votado.