Por luana.benedito
Luiz Fernando PezãoValter Campanato / Agência Brasil

Brasília - O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), minimizou nesta terça-feira, o recente atrito com o ministro da Justiça, Torquato Jardim. Na semana passada, Jardim afirmou que o comando da Polícia Militar do Rio é indicado por deputados e pelo crime organizado. Para o governador, a posição do titular da pasta da Justiça foi pessoal e não representa o que pensa o governo Michel Temer.

"Não teve problema com o ministro Torquato. Nos damos super bem. Ele emitiu uma opinião pessoal, não foi posição de governo. O presidente Michel Temer tem nos tratado bem", declarou Pezão em entrevista na Câmara.

Questionado sobre a convocação de Jardim para explicar a declaração na Comissão de Segurança Pública da Câmara nesta quarta-feira, 8, o governador também minimizou. "É sempre bom ouvir um ministro, ainda mais de Justiça. Ele tem muito a acrescentar."

O tom de Pezão é diferente das declarações dadas por ele logo após a divulgação da fala do ministro, na semana passada. Na ocasião, o governador convocou reunião com comandantes de batalhões do Rio e o secretário da Segurança do Estado, Roberto Sá. Após o encontro, Pezão anunciou que iria à Justiça exigir que o ministro da Justiça explicasse a declaração. 

Pacote

Pezão elogiou o pacote de projetos na área da segurança que a Câmara pautou para votar no plenário nesta semana. O governador aproveitou e defendeu a aprovação do projeto que regulamenta jogos de azar, desde que os impostos arrecadados sejam direcionados para um fundo de segurança pública, ainda a ser criado. A proposta tem apoio do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

O governador disse ter conversado sobre a proposta com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). De acordo com Pezão, Maia teria sido "sincero" e afirmado que melhor do que aprovar o projeto seria aprovar a reforma da Previdência.

"Ele disse: vocês vão usar esse fundo por dois, três anos, mas a Previdência engole tudo que é receita nova. Melhor aprovar a reforma da Previdência", afirmou.

Você pode gostar