Por gabriela.mattos

Rio - Os funcionários de uma empresa terceirizada que oferece o serviço do Ônibus da Liberdade protestaram, na manhã desta sexta-feira, em frente à sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova, Centro do Rio. O ônibus transporta gratuitamente alunos de escolas municipais. De acordo com os profissionais, a prefeitura não repassou as verbas de dezembro de 2016 e de outubro deste ano. Eles temem que não ocorra o pagamento dos salários e do 13º.

Frota do Ônibus da Liberdade não saiu da garagem nesta sexta-feiraWhatsApp O DIA (98762-8248)

A supervisora Simone Carvalho contou que a direção da empresa Real Brasil divulgou um comunicado, nesta sexta-feira, dizendo que os funcionários ficariam de aviso prévio. O documento afirma que seria em caráter provisório, "na expectativa de providências da contratante quanto à normalização da inadimplência". Os ônibus que atendem a região de Campo Grande não saíram da garagem nesta manhã.

"Os ônibus pararam. A prefeitura prometeu pagar 5% da verba, mas não resolve. Diariamente, atendemos cerca de 70 mil pessoas, incluindo alunos e pais dos estudantes, completou Simone. Ao todo, quatro empresas atendem o Ônibus da Liberdade

Em nota, a Secretaria Municipai de Educação negou que o pagamento esteja atrasado e informou que os empresários das instituições vão se reunir com a prefeitura para "acertarem os ponteiros", às 15h da próxima segunda-feira.

Leia a íntegra da nota

A Secretaria Municipal de Educação se reúne na segunda, dia 4 de dezembro, às 15h, com os empresários das linhas que fazem o transporte gratuito de alunos das escolas da Prefeitura para acertarem os ponteiros. Na verdade, não há atraso no pagamento do serviço. A SME recebeu as notas fiscais do serviço prestado em outubro e já providenciou o pagamento (em geral, paga cerca de 20 dias depois de receber as NF's).

O que identificamos foi um certo temor de parte das empresas que operam as linhas nas áreas da 9ª e 10ª Coordenadoria Regional de Educação de ficarem sem pagamento até o próximo ano, daí a reunião de segunda.

A Prefeitura paga R$ 80 milhõés ao ano pelo transporte de crianças e jovens que moram em áreas sem atendimento de transporte público coletivo ou em outras onde o transporte de passageiros opera com intervalos que não atendem à necessidade de deslocamento dos estudantes.
Atualmente, as 7ª, 8ª, 9ª e 10ª CREs, todas na Zona Oeste, fazem parte do projeto, que opera com 256 ônibus (cinco micro ônibus e 14 ônibus adaptados) em 47 linhas. No total, elas atendem 48.553 alunos e 25.575 responsáveis. O programa será mantido.

Você pode gostar