Rio - Pela primeira vez em 21 edições, o Prêmio Tamborim de Ouro, concedido pelo jornal O DIA aos destaques do Carnaval no Grupo Especial, vai homenagear também as escolas de samba mirins do Rio de Janeiro. Três agremiações voltadas para o público infantil serão premiadas: Mangueira do Amanhã (nas categorias Escola de Samba e Samba), Pimpolhos da Grande Rio (no quesito Bateria) e Corações Unidos do Ciep (por Mestre-Sala e Porta-Bandeira).
As agremiações foram eleitas por um júri especializado, em parceria entre a Associação das Escolas de Samba Mirins do Rio de Janeiro (Aesm-Rio) e o jornal O DIA. "Com essa iniciativa, estamos preservando as raízes do samba. Essa tradição caracteriza o carioca e precisamos preservar esse elo", comentou o diretor de publicidade do DIA, Daniel Penalva.
Ao todo, 16 escolas de samba formadas por crianças e jovens de 6 a 18 anos cada uma com cerca de mil componentes desfilaram, na noite de terça-feira, na Sapucaí. Segundo o diretor de Comunicação da Aesm-Rio, Ricardo Dias, o movimento existe desde 1984, quando a Império do Futuro abriu o Carnaval no ano de inauguração do sambódromo. Desde então, outros grupos mirins foram criados. "Como não há disputa de fato entre as escolas mirins, ou seja, não existem colocações oficiais, a premiação acaba sendo uma forma de homenagear o trabalho de todos. É um estímulo para que as crianças se aperfeiçoem e continuem participando do projeto", disse Ricardo Dias.
Além de fomentar talentos para o samba, as agremiações infantis cumprem importante função social. "Uma série de artistas e pessoas que hoje brilham no Grupo Especial começaram em escolas mirins, como Pretinho da Serrinha, Dudu Nobre, a porta-bandeira Lucinha Nobre e o Leonardo Bessa, intérprete do Salgueiro. Tem ainda a questão social, porque você tira o menor das ruas e o leva para dentro da quadra", destacou Dias.
