Jornal O DIA lança livro sobre os 20 anos dos Jogos da Baixada - Alexandre Brum / Agencia O Dia
Jornal O DIA lança livro sobre os 20 anos dos Jogos da BaixadaAlexandre Brum / Agencia O Dia
Por O Dia

Rio - Revelado nos Jogos da Baixada, um garoto acostumado a jogar peladas em campos de várzea de Nova Iguaçu trilhou um longo caminho nas categorias de base do Flamengo e de outros clubes do país até chegar ao futebol romeno, onde se tornou ídolo. Antes da fama no leste europeu, Eric de Oliveira disputou uma pelada de fim de ano com atletas do Fluminense, levantando a torcida ao dar um elástico no então promissor zagueiro Thiago Silva, hoje um dos melhores do mundo na posição. Essa e outras histórias estão no livro 'Jogos da Baixada 20 Anos', lançado nesta semana pelo Jornal O DIA.

Escrita pelos jornalistas Herculano Barreto Filho e Raphael Vaz Teixeira, a obra traz uma coletânea de todas as edições do maior evento socioesportivo da Baixada Fluminense, por onde já passaram mais de 60 mil atletas. É uma espécie de arquivo histórico, com curiosidades e a lista dos municípios campeões de todas as modalidades do evento, numa retrospectiva que atravessa duas décadas. O livro ainda traz informações sobre a própria história do Jornal O DIA e o pioneirismo das coberturas jornalísticas na Baixada desde 1988, com o surgimento do caderno 'Grande Rio'. Depois rebatizado como 'Nossa Baixada' e 'Baixada', o suplemento contou com uma sucursal em Nova Iguaçu.

Os autores mergulharam nas histórias trazidas em 20 anos de edições do jornal para mapear atletas revelados no evento. "Foi assim que descobrimos Eric de Oliveira (citado no começo da reportagem). Ele apareceu em matérias em 2003 como o craque daquela edição. Numa pesquisa na internet, descobrimos que ele havia se tornado jogador profissional. E, pelas redes sociais mesmo, conseguimos contato. A história dele está toda no livro", revela Herculano. "Após meses de pesquisas, é ótimo ver o livro pronto. Acredito que o principal objetivo foi alcançado: reconhecer o trabalho e o talento de milhares de pessoas que participaram e fizeram os Jogos da Baixada nessas duas décadas", completa Raphael.

ATLETAS REVELADOS

Um levantamento feito na obra mostra que o evento revelou cerca de 40 profissionais em sete modalidades. Só no atletismo, foram quase 20, surgidos na vila olímpica de Duque de Caxias. Entre eles, o velocista Marcelo Brivilati, que já superou o medalhista olímpico Róbson Caetano nos 100m rasos. Também há jogadores de futebol conhecidos do público, como os atacantes Sassá (Cruzeiro) e Biro Biro (ex-Fluminense e hoje no futebol chinês). No handebol, o evento também revelou João Pedro, que surgiu em um projeto social em Nova Iguaçu e hoje é atleta da seleção brasileira e do Benfica, de Portugal.

Mas nem todos os profissionais surgidos no evento se tornaram atletas de ponta. Há casos de ex-atletas que viraram professores de Educação Física, que agora dedicam a vida para dar continuidade a um legado de formação de atletas em uma região carente. E, com isso, ajudam a manter o sonho daqueles que buscam uma outra perspectiva de vida com o auxílio do esporte.

Autores já cobriram o evento
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A decisão de publicar o livro foi anunciada pela primeira vez na abertura da 20ª edição dos Jogos da Baixada, em junho do ano passado, na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca. O anúncio foi feito por Marcos Salles, presidente do Jornal O DIA. "Esses jovens podem mudar de vida a partir do esporte", disse, na ocasião.
A história recente do evento e dos autores estão, de certa forma, entrelaçadas. Natural de Nova Iguaçu, Raphael Vaz Teixeira foi o responsável pela cobertura da edição de 2015. "Como sou de Nova Iguaçu, escrever sobre a Baixada traz um sentimento maior. Ainda mais sobre um projeto tão bacana, que contribui para a evolução da região", analisou Raphael.
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Herculano Barreto Filho cobriu os Jogos em 2016 e editou as matérias produzidas pelo repórter Bernardo Costa no ano passado. "Essa experiência dá a noção da importância do evento. O principal desafio foi buscar curiosidades e aprofundar histórias de pessoas que fizeram ou ainda fazem parte dos Jogos", contou Herculano.
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