Rio - A família do pequeno Marlon Andrade, 10 anos, morto na tarde de sábado com um tiro na cabeça no Morro do Cantagalo, na Zona Sul do Rio, esteve ontem à tarde no Instituto Médico-Legal (IML) para reconhecimento e liberação do corpo do garoto. Muito abalada, a mãe do menino não quis falar com a imprensa e precisou ser amparada por amigos e familiares durante todo o tempo. Até o fechamento desta edição não havia informação sobre local e horário do enterro.
De acordo com a delegada Cristiana Bento, da 13ª DP (Copacabana), responsável pelo caso, um adolescente de 17 anos, apreendido pela polícia, confessou que carregava uma arma. Segundo ele, foi até a laje onde o menino soltava pipa; o garoto tentou pegar a arma dele e desferiu "acidentalmente" um tiro na cabeça da vítima.
A polícia apreendeu também uma pistola calibre 9mm com nove cartuchos. "Ele também confessou que faz parte do tráfico de drogas do Pavão-Pavãozinho", afirma a delegada. O adolescente tinha passagem pela polícia no ano passado por roubos a transeuntes na orla de Copacabana com outros adolescentes. "Na época ele foi apreendido, ficou na internação e voltou a delinquir de forma mais grave", acrescenta a responsável pela investigação.
O adolescente apreendido foi levado à Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) e será encaminhado ao Ministério Público, que provavelmente deverá realizar a apresentação dele perante a Vara da Infância de Juventude. Amigos e parentes fizeram homenagens nas redes sociais.