A unidade é uma referência no atendimento dos moradores da Zona Norte - Antonio Evangelista/Parceiro/Agência O Dia
A unidade é uma referência no atendimento dos moradores da Zona NorteAntonio Evangelista/Parceiro/Agência O Dia
Por WILSON AQUINO

Rio - Amanhã era para ser dia de festa no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB). Mas, vai ficar para depois. Após longos sete anos de obras, que consumiram R$ 31 milhões dos cofres públicos, a nova emergência do hospital deveria ser entregue à população. Entretanto, como não têm profissionais de saúde para trabalhar na unidade com cheirinho de nova, a emergência vai permanecer fechada e quem quiser atendimento terá que se contentar em ser medicado num contêiner improvisado em sala de urgência.

"Não pode ser inaugurada", lamenta o presidente da Federação Nacional dos Médicos, Jorge Darze. "Está concluído, mas o governo federal não autoriza a contratação de pessoal para a emergência funcionar", reclama o médico. Ele entregou ao ministro da Saúde, engenheiro Ricardo Barros, uma lista de reivindicações da equipe médica do HGB.

Em nota, o Ministério da Saúde não divulgou a partir de quando a emergência vai funcionar. "As instalações físicas do Hospital Federal Bonsucesso já concluídas passarão a ser utilizadas nos próximos dias como a nova emergência, oferecendo mais conforto e um ambiente adequado tanto para os pacientes, quanto para as equipes que ali trabalham".

Foi a Justiça Federal quem determinou que a emergência da unidade fosse aberta até 28 de fevereiro, atendendo a pedido da Defensoria Pública da União (DPU). O juiz da 11ª Vara Federal estipulou multa diária para o diretor do hospital e para o secretário de atenção à saúde do MS caso a nova emergência não seja inaugurada.

Estrutura metálica
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A nova emergência do Hospital Federal de Bonsucesso, cujo piso chega a brilhar de tão novinho, tem área de 2.600 m². São 38 leitos de observação, 30% a mais em relação à emergência atual, uma ala de pacientes graves, sala de trauma, enfermaria de adultos, pediatria e espaço para infusão de medicamentos.
Mas, o povo não vai poder desfrutar da estrutura. "Hoje, a emergência funciona precariamente numa estrutura metálica, que vulgarmente passou a ser chamada de emergência de lata", afirma Jorge Darze, da Federação dos Médicos.
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Atualmente, a emergência do HFB conta com 71 médicos. Para a nova emergência funcionar, são necessários 200 médicos.
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