Mulheres em ato no Centro do rio - Reprodução Twitter
Mulheres em ato no Centro do rioReprodução Twitter
Por O Dia

Rio - Mesmo debaixo de chuva, centenas de mulheres se reuniram na Candelária, no Centro do Rio, na noite desta quinta-feira, para lembrar o Dia Internacional da Mulher. Com cartazes e gritos, a multidão pedia por medidas que promovam a igualdade de gênero, como salários iguais, legalização do aborto, entre outras causas. 

Segundo o Centro de Operações, por conta do ato, a Avenida Presidente Vargas, na altura da Candelária, a Rua 1° de Março e Avenida Presidente Antônio Carlos chegaram a ser interditadas, mas já foram liberadas. 

Organizado por um coletivo, o ato reuniu diversas entidades estudantis e da sociedade civil, além de partidos políticos de esquerda. Desde a concentração até o fim do ato, os discursos foram pelos direitos das mulheres e de críticas ao governo. Policiais militares acompanharam a manifestação, que transcorreu pacificamente.

Entre os coros e as músicas entoadas havia uma paródia de Cabeleira do Zezé, marchinha de João Roberto Kelly: "Olha como luta essa mulher/Será que ela é?/Será que ela é? Livre!/Será que ela é recatada?/Será que ela é bela e do lar?/Parece que é feminista/E tá na rua pra lutar!".

Também foram entoados coros contra a Polícia Militar, contra a intervenção federal na segurança pública do Estado do Rio e pelo direito ao aborto. Em faixas e cartazes, as cobranças e críticas eram semelhantes. "Hoje é um dia especial, mas nossa luta é diária. A gente tem dupla jornada, cuida do filho e ganha menos. Temos que mudar isso", afirmou Maria Antônia Rangel, de 17 anos, estudante do ensino médio.

"A gente briga, cobra igualdade, aí vem esse presidente e diz que mulher é bom pra controlar os preços do supermercado. Não pode, temos as mesmas capacidades e responsabilidades dos homens", reclamou a universitária Renata Nunes, de 22 anos, que cursa Arquitetura na Universidade Federal Fluminense (UFF).

Durante discurso há exatamente um ano, em 8 de março, Temer exaltava as mulheres quando afirmou que "ninguém mais é capaz de indicar os desajustes de preços no supermercado do que a mulher".

Com informações do Estadão Conteúdo

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