Dandara, de 21 anos, chegou morta ao Hospital Albert Schweitzer - Reprodução / Facebook
Dandara, de 21 anos, chegou morta ao Hospital Albert SchweitzerReprodução / Facebook
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - O homem suspeito de matar a grávida Dandara Helena Damasceno de Souza, de 21 anos, na Favela Vila Vintém, Zona Oeste do Rio, se entregou à Delegacia de Homicídios, na tarde desta terça-feira. Ele foi identificado como Renato Luciano Brasil dos Santos, 18 anos, e prestou depoimento na especializada. A DH pedirá a prisão do autor no plantão Judiciário. Segundo os agentes, o rapaz atingiu Dandara com um tiro de pistola na cabeça. Renato, que era namorado da jovem, confessou o crime a bandidos da Vila Vintém. Os traficantes, então, teriam dito que ele deveria se entregar à polícia.

Na entrada da delegacia, na Barra, o homem disse que a morte "foi acidental e que não iria dar entrevista". Anteriormente, o criminoso prestou depoimento na 34ª DP (Bangu), onde reforçou a hipótese de acidente. De acordo com o delegado Fábio Cardoso, da DH, Renato Luciano foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado e feminicídio. Se condenado, ele pode pegar de 12 a 30 anos de prisão. 

Renato Luciano Brasil dos Santos, suspeito de matar a grávida Dandara, na Vila Vintém - Divulgação

A jovem foi baleada, na manhã desta segunda-feira, e chegou morta ao Hospital Albert Schweitzer. Foi realizado o parto e a criança sobreviveu, mas o estado do menino de 25 semanas é grave, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde.

De acordo com a Polícia Militar, o 14º BPM (Bangu) foi chamado para a ocorrência por volta das 8h30 e encontrou Dandara morta dentro de casa na Rua Mesquita. 

Promessa de se entregar

A promessa de que Luciano iria se entregar foi feita pelo advogado dele na segunda-feira, conforme O DIA antecipou ontem. No início da tarde desta segunda-feira, o coordenador da maternidade do Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, o médico Jucinei Pacheco disse que os três primeiros dias após o nascimento do bebê seriam determinantes para a sua equipe tivesse um prognóstico da situação da criança, que nasceu após 25 semanas de gestação e com 900 gramas. 

"A mãe já chegou morta. Mesmo assim, detectamos os batimentos cardíacos da criança e fizemos uma cesariana na própria emergência para salvá-lo. Trata-se de uma cirurgia difícil, estressante, mas a equipe estava preparada e seguimos os protocolos médicos", disse Jucinei.

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