Marielle Franco - Divulgação
Marielle FrancoDivulgação
Por O Dia

Rio - O velório do corpo da vereadora Marielle Franco (Psol), morta na noite desta quarta-feira, no Estácio, acontece na tarde desta quinta, no salão nobre da Câmara de Vereadores do Rio. A cerimônia será restrita para familiares e amigos da parlamentar. Os corpos chegaram ao local às 14h30. Emocionado, o público bateu palmas e gritou os nomes de Marielle e Anderson, seguidos da palavra "presente".

Os dois corpos chegaram em caixões iguais ao local. Entre os que carregaram o de Marielle para dentro da Câmara Municipal estavam a irmã dela, Anielli, e os deputados estaduais Marcelo Freixo e Flávio Serafini.

Na manhã desta quinta-feira, Anielle Franco, fez o reconhecimento da irmã e deixou o local aos prantos. A mulher de Anderson Pedro Gomes, de 39 anos, motorista que levava Marielle e que também morreu no ataque, também esteve no IML para reconhecer o corpo do marido. Ele substituía um amigo na função de condutor e seu corpo também será velado na Câmara. As duas vítimas deram entrada no instituto pouco depois da meia-noite de hoje. O enterro de Marielle será hoje às 16h no Cemitério do Caju. Anderson será enterrado no mesmo horário, mas no Cemitério de Inhaúma. 

Marielle foi assassinada a tiros por volta das 21h30 desta quarta, na Rua Joaquim Palhares, no Estácio, a poucos metros da sede da Prefeitura do Rio. Segundo a polícia, um carro emparelhou com o que ela estava, e os ocupantes abriram fogo contra ele, fugindo em seguida. A janela direita no banco do traseiro, onde ela estava, ficou completamente destruída. Policiais da Delegacia de Homicídios (DH) da capital, que está a frente do caso, disseram que os bandidos não levaram nada de nenhum dos ocupantes do veículo. Marielle foi morta com pelo menos cinco tiros na cabeça.

O carro em que Marielle Franco estava foi atingido por nove tiros - Ernesto Carriço

Imagens de câmeras serão averiguadas

O secretário municipal de Ordem Pública, Paulo Cesar Amêndola, determinou que a CET-Rio entregue todas as imagens das câmeras de trânsito do percurso feito por Marielle desde a Lapa, aonde ela estava antes. Existe uma câmera a pouco metros de onde a vereadora foi morta. No entanto, ela, que seria do governo do estado, estaria desligada.

Uma das linhas de investigações da DH é a de que Marielle foi  executada. Além disso, os investigadores deverão apurar se ela vinha sofrendo algum tipo de ameaça, após denunciar a truculência de policiais militares do 41º BPM (Irajá) na favela de Acari, na Zona Norte.

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