Por NADEDJA CALADO

Rio - Familiares do vendedor Diego Augusto R. Ferreira, de 25 anos, morto ao furar uma blitz do Exército na noite deste domingo, contestam as informações dando conta de que a vítima usava drogas e tinha passagens pela polícia. Segundo eles, o jovem tinha problemas de audição e não teria ouvido a ordem de parada do soldado, que não teria dado nenhum tiro de advertência antes de disparar contra o rapaz. O jovem morreu no local.

A mãe de Diego, a dona de casa Claudia Marcelino, 45, defendeu o filho: "Estão distorcendo tudo. Ele não estava com drogas, e ainda que estivesse a Justiça existe para isso, não justifica matarem ninguém dessa forma, não deram nem direito dele falar". A irmã dele, Yasmim Roger, 22, disse que o irmão estava em uma motocicleta emprestada. "Ele estava indo comprar óleo diesel para o nosso tio. Ele não era bandido, nem era usuário de drogas, era um trabalhador, estava todo dia na Uruguaiana", explicou ela.

Parentes disseram que o jovem teve problemas com a polícia quando era adolescente, e que não estava com armas nem drogas quando foi morto. Ainda não há informações sobre horário e local de sepultamento.

Procurado, o porta-voz do Comando Militar do Leste, Coronel Carlos Cinelli, disse que haverá um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias do episódio, e que devido às investigações em andamento, o Comando não vai se pronunciar sobre o assunto.

O CASO

Segundo o Comando Militar do Leste (CML), o homem acelerou sua moto na ordem de parada dos militares, instalados em um Posto de Bloqueio e Controle em Vias Urbanas (PBCVU), e acabou sendo atingido, frontalmente, por tiros de um dos oficiais.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o caso ocorreu às 20h05 deste sábado. Diego Augusto R. Ferreira tinha 25 anos e morreu no local, na Rua Salustiano Silva. Segundo informações preliminares de investigação ele teria passagens pela polícia e a moto teria sido roubada.

Com informações de Estadão Conteúdo

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