Caminhoneiros fazem paralização na BR 101, Niterói-Manilha, na altura de Itaboraí, no Rio de Janeiro - Tomaz Silva/Agência Brasil
Caminhoneiros fazem paralização na BR 101, Niterói-Manilha, na altura de Itaboraí, no Rio de JaneiroTomaz Silva/Agência Brasil
Por FRANCISCO EDSON ALVES

Rio - A greve dos caminhoneiros vai provocar a falta de combustível nos postos de abastecimento do Rio de Janeiro nas próximas horas. A informação foi divulgada há intantes, em nota, pelo Sindicato dos Donos de Postos do Município do Rio de Janeiro (Sindcomb). Embora O DIA tenha ligado para oito estabelecimentos do ramo, que negaram qualquer problemas de desabastecimentos iminente, o sindicato informou que o problema vem afetando as bombas de abastecimento na capital desde às 10h da manhã.

“O abastecimento de combustíveis aos postos do Rio está prejudicado desde as 10 horas desta segunda-feira (21/5), por conta da paralisação dos caminhoneiros, que neste momento já afeta pelo menos 20 estados, incluindo o Rio de Janeiro, e o Distrito Federal. Caso a situação não seja normalizada nas próximas horas poderá haver falta de produto, ao consumidor, nos postos do município do Rio de Janeiro. O mesmo pode ocorrer no fornecimento de suprimentos para as lojas de conveniência”, afirma, na íntegra, a nota emitida pelo Sindcomb.

Mais cedo, a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) informou que a greve nacional dos caminhoneiros está afetando diretamente o abastecimento de óleo diesel das empresas de transporte público por ônibus em todo o Estado. E que os bloqueios montados em rodovias e terminais de distribuição de combustíveis impedem a renovação dos estoques das empresas, que na maioria dos casos acontece diariamente.

À noite, a Secretaria Municipal de Transportes informou que recebeu ofício dos consórcios de ônibus, onde as empresas comunicam que não estão recebendo diesel nas garagens. Os consórcios solicitaram apoio da Prefeitura para reforço no contato com os órgãos de segurança pública para a escolta de carretas de combustível às garagens, além de autorização excepcional do contingenciamento da frota nas ruas, o que irá afetar a circulação dos ônibus na cidade até que a situação seja normalizada.

Em função desta situação, a Prefeitura do Rio recomendou que os deslocamentos sejam feitos prioritariamente por transporte público de massa (metrô, trem e VLT). A SMTR já contatou as concessionárias solicitando reforço devido à possibilidade do aumento da demanda de usuários. E o Centro de Operações da Prefeitura do Rio vai monitorar as principais vias da cidade.

Íntegra da nota da Fetranspor

"Apesar dos esforços que estão sendo feitos para regularizar o abastecimento, há empresas que já estão com as operações limitadas, afetando os passageiros. O racionamento de combustível é uma medida adotada em caráter emergencial até a normalização da distribuição de óleo diesel, que depende do fim das manifestações. Se isso não ocorrer a curto prazo, há o risco de paralisação de todas as empresas.

A crescente oscilação do preço do óleo diesel é um fator que preocupa, também, o setor de transporte público. Nos últimos 15 meses, a variação do preço do combustível chegou próximo a 20%, o que vem pressionando os custos operacionais do setor de ônibus.

A Fetranspor acredita na rápida solução do problema para que o passageiro não seja prejudicado. "

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