Rio - Dezenas de motoristas de caminhões-reboque fizeram manifestação na pista central da Avenida Brasil, na manhã desta quarta-feira, causando longo congestionamento e um caos no trânsito no Rio e nas vias de acesso à capital fluminense. Segundo o Centro de Operações Rio (COR), o protesto teve início na altura de Parada de Lucas, na Zona Norte do Rio, e chegou a interditar completamente o trecho. Após negociação com a Polícia Militar, apenas uma faixa ficou bloqueada.
Segundo o COR, os reflexos no trânsito da Avenida Brasil chegou até Irajá. A Linha Vermelha, que poderia ser uma opção, tinha lentidão desde Duque de Caxias até a altura do Galeão e retenção na chegada ao Centro do Rio.
Prefeitura sugere metrô, trem e VLT
Ainda na terça-feira, a Secretaria Municipal de Transportes (SMTr) informou que recebeu ofício dos consórcios de ônibus sobre a falta de recebimento de diesel nas garagens devido à greve dos caminhoneiros e que isso poderia prejudicar a operação. Foi pedida autorização das empresas para um contingenciamento da frota. À Rede Globo, a Fetranspor informou que 60% da frota rodaram no Estado nesta quarta-feira. Na capital, segundo a Rio Ônibus, foram 80%.
Ainda assim, a Prefeitura do Rio recomenda que os deslocamentos sejam feitos prioritariamente através de metrô, trem e VLT. A SMTr já solicitou às concessionárias o reforço devido à possibilidade do aumento da demanda de passageiros.
Protestos em rodovias que cortam o estado
As manifestações dos caminhoneiros também acontecem em outras oito rodovias que cortam o estado, na manhã desta quarta-feira. As informações são da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Na BR-101, em Itaboraí, os caminhoneiros estavam no acostamento da rodovia, no sentido Rio de Janeiro, e havia congestionamento de um quilômetro. Em Campos, o acostamento dos dois sentidos estão ocupados, mas não há retenções. O mesmo acontece na Rio-Magé (BR-493), que não tem bloqueios.
Na Via Dutra, os manifestantes também ocupam o acostamento nas duas pistas (sentidos Rio e São Paulo) em Seropédica. O mesmo acontece em Barra Mansa, onde um retorno foi interditado em função de excesso de caminhões. Outros trechos da rodovia apresenta concentração de veículos, mas sem retenções.
Na Rio-Santos, os caminhoneiros estão estacionando seus veículos no acostamento entre os quilômetros 392 e 393, em ambos os sentidos. As pistas estão livres e caminhões são parados pelos manifestantes para aderir à paralisação.