Édson da Silva Santos, de 30 anos, não é visto desde o dia do crime - WhatsApp do Dia
Édson da Silva Santos, de 30 anos, não é visto desde o dia do crimeWhatsApp do Dia
Por Rodrigo Sampaio e Alice Cravo*

Rio - Um mês após o assassinato de Beatriz Galdino da Silva, a Polícia Civil continua em busca do autor do crime, cujo único suspeito é o ex-marido da vítima, identificado como Édson da Silva Santos. A jovem havia acabado de completar 26 anos e era mãe de dois filhos, uma menina, de 11 anos, e um menino, de 4. O garoto é fruto da relação com o suspeito, que não aceitava o fim do relacionamento e teria estrangulado a moça. O caso é tratado como feminicídio.

Segundo o delegado Evaristo Magalhães, da Delegacia de Homicídios (DH), Édson, de 30 anos, tem mandado de prisão expedido contra ele e é considerado foragido da Justiça. Inclusive, já foi autuado na Lei Maria da Penha por agressões. De acordo com a mãe de Beatriz, Rosângela da Conceição, de 41, as brigas entre o casal eram constantes durante os oito anos em que viveu junto. Segundo ela, neste período, o ex-marido da filha espancou a jovem pelo menos três vezes e chegou a quebrar o maxilar dela.

"Não sei mais o que falar para minha neta de 11 anos. Quero botar a cara dele estampada no jornal. Alguém vai denunciar, tenho certeza", desabafa Rosângela, que segue lutando por justiça. O delegado destacou que "a divulgação da imagem do procurado é importante para acelerar as investigações".

"Está sendo muito difícil, pois não tenho ânimo mais para nada. A única vontade é de morrer, mas tenho meus cinco filhos e quatro netos pra criar, principalmente os dois da Bia", afirma a mãe.

Segundo uma familiar de Beatriz, o ex-companheiro da vítima entrou na casa onde a comerciária morava de aluguel, na noite de 22 de abril, e a atacou. Ambas as crianças estavam no imóvel no momento do crime. Pela manhã, a filha mais velha percebeu que a mãe não acordava e tinha ferimentos pelo corpo.

Após o crime, Édson não entrou mais em contato com a família e nunca mais foi visto na Maré. Uma vizinha conta ter visto o suspeito deixando a casa ainda na madrugada do crime.

* Estagiários sob a supervisão do jornalista Lula Pellegrini.

 

 
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