Rio - Funcionários e pacientes fizeram um protesto, na última quarta-feira, contra a falta de materiais e recursos humanos do Hospital Federal de Bonsucesso. De acordo com profissionais de saúde que trabalham na unidade, a falta de insumos e profissionais provocou o fechamento de 40 leitos, além da interrupção de ambulatórios.
Os manifestantes se concentraram em frente a emergência durante o ato e depois caminharam pela Avenida Brasil. Quem estava presente pedia a exoneração da atual gestão, constituída da diretora geral Luana Camargo da Silva e do diretor administrativo Paulo César de Abreu Macedo Soares.
Em seguida, os manifestantes ocuparam o andar da Direção para cobrar providências e solicitar pedido de desculpas pela agressão física que um manifestante do sindicato teria sofrido pelo diretor administrativo por estar divulgando o ato no pátio do Hospital.
Entidades de classe como a Federação Nacional dos Médicos, o Conselho Regional de Medicina, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde participaram do protesto.
Procurada pelo DIA, a direção do hospital informou que as alegações feitas pelo grupo são falsas. "A afirmação é falsa, equivocada e, principalmente, perigosa, pois gera insegurança nos pacientes que precisam de tratamento. A Unidade se encontra abastecida de todos insumos e materiais de kits cirúrgicos. Caso não estivesse, não poderia proceder com as 30 cirurgias que são realizadas em média, diariamente, e nem atender as centenas de pessoas que todos os dias procuram a Unidade para tratamento emergencial, ambulatorial e marcação de exames. O mesmo se pode dizer com relação ao número de médicos", diz trecho da nota.
Ainda de acordo com a direção do hospital, até o fim de agosto, a unidade terá mais 750 profissionais de saúde que foram alocados pelo Ministério da Saúde para atender a crescente demanda.