Wellington da Silva Braga, o Ecko, chefe da maior milícia do Rio - Divulgação
Wellington da Silva Braga, o Ecko, chefe da maior milícia do RioDivulgação
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - A operação para desmantelar o contrabando e venda de cigarros, realizada nesta quinta-feira, contra a milícia de Wellington da Silva Braga, o Ecko, a maior do estado do Rio, é uma continuação da Operação Nocaute e tem como base muitas provas, entre elas cinco mil horas de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Em um dos telefonemas, a polícia descobre que era "observada" a todo momento, inclusive com o monitoramento da saída de viaturas da 35ª DP, em Campo Grande. 

Na conversa, um homem avisa ao comparsa sobre a saída de um veículo da delegacia. Segundo ele, um "táxi pesadão", referindo-se a uma viatura, deixou a distrital e pode ter entrado na comunidade Três Pontes, reduto dos milicianos. Eles foram identificados somente como Parrudo e VM. 

Interlocutor 1: Fala mano.

Interlocutor 2: Coé, mano velho.

Interlocutor 1: Tranquilidade. Está no bairro?

Interlocutor 2: To, estou dando um rolé aqui. Aquele rolezinho...

Interlocutor 1: Tá ligado num táxi aí, um táxi?

Interlocutor 2: Não, não, o que que houve?

Interlocutor 1: Ó, o táxi pegou ali na frente da Três Pontes (comunidade), manobrou, saiu de lá debaixo do viaduto de Campo Grande, lá da delegacia, parece, manobrou ali na Três (Pontes), não virou na Santa Eugênia. Entendeu? A gente não sabe se entrou pra cá pra dentro. Um táxi, está "pesadão"! (sic)

Interlocutor 2: Vou ligar aqui.

Interlocutor 1: Valeu

Segundo o chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, a operação de hoje desestabiliza uma das maiores rendas da milícia de Ecko. A venda de cigarros perde somente para o transporte alternativo. A terceira fonte financeira da quadrilha é o comércio de botijão de gás. 

"Essa é uma continuação da operação Nocaute para desestabilizar as finanças da milícia. Vamos combater suas principais fontes de renda: Van, cigarro e gás. O objetivo é prender o Ecko. Hoje, o principal braço-direito dele foi preso", falou.

Ouça o áudio: 

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