Pedido enfrentou um pedido de impeachment na Câmara de Vereadores por causa da reunião - Marcio Mercante / Agencia O Dia
Pedido enfrentou um pedido de impeachment na Câmara de Vereadores por causa da reuniãoMarcio Mercante / Agencia O Dia
Por O Dia

Rio - Um dia após a rejeição do pedido de impeachment do prefeito Marcelo Crivella, vereadores de oposição conseguiram nesta sexta-feira, as 17 assinaturas necessárias para a abertura da CPI sobre o Sistema de Centrais de Regulação (Sisreg), que trata da organização da fila de pacientes para o acesso à rede pública de saúde. Os apoios foram colhidos pela bancada do Psol. A comissão vai investigar se o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, favoreceu pastores e fiéis evangélicos no acesso à rede pública de saúde.

De acordo com o gabinete da vereadora Teresa Bergher (PSDB), também já foram contabilizadas as 17 assinaturas para a criação da 'CPI da Márcia', em alusão à assessora do prefeito. Os vereadores querem investigar fatos relacionados à funcionária que, segundo Crivella, trataria do direcionamento de fiéis para procedimentos de saúde em unidades municipais.

O Psol também trabalha para uma terceira CPI, que tratará da investigação da isenção do IPTU para as igrejas. Para essa, a contagem, até ontem, estava em 12 assinaturas.

Os pedidos de investigação parlamentar na Câmara foram apresentados porque na semana passada, em reunião fechada no Palácio da Cidade, Crivella ofereceu a líderes religiosos evangélicos vantagens para procedimentos na rede pública de saúde, como cirurgias de catarata e varizes. Na conversa, o prefeito também oferece facilidade para que pastores resolvessem problemas com a isenção legal de pagamento de IPTU.

Por 29 votos a 16, os vereadores rejeitaram na quinta-feira, a abertura de investigação de crime de responsabilidade e improbidade administrativa de Crivella. A sessão, que durou mais de três horas, foi marcada pelo embate eufórico de manifestantes nas galerias e políticos no plenário.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o prefeito disse que a verdade e justiça sempre prevalecerão. "Temos lutado arduamente por um Rio de Janeiro mais justo e mais humano, esse é o nosso compromisso e o foco da nossa gestão".

Paralela às investigações que serão iniciadas na Câmara, Crivella terá que lidar ainda com uma ação civil pública, proposta pelo Ministério Público estadual, para que se cumpra 12 determinações, entre elas que deixe de utilizar a máquina pública municipal para atender a interesses de grupos religiosos. Caso Crivella descumpra os pedidos, o MP pede à Justiça que o afaste do cargo.

O Tribunal de Contas do Município deu 30 dias, contados de quinta-feira, para o prefeito esclarecer os motivos de ter terminado 2017 com déficit de R$ 1,6 bilhão nas contas da cidade.

Com informações do Estadão Conteúdo

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