Rio - O corpo de um policial militar foi encontrado carbonizado, na manhã desta segunda-feira, dentro de um carro na Estrada da Comperj, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio. Identificado como cabo Samuel Ribeiro da Silva, de 40 anos, ele foi abordado por criminosos, reconhecido como PM e levado para o interior do Complexo do Salgueiro, onde foi morto. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçaço e Itaboraí (DHNSGI).
Segundo o 7º BPM (São Gonçalo), o militar, que estava sem identificação, foi reconhecido por morar na região. Samuel, conforme a corporação, também era cantor gospel e estaria a caminho de uma igreja quando bandidos o abordaram.
Em nota, a Polícia Civil informou que "policiais militares foram acionados para ir à Guaxindiba, São Gonçalo, onde constataram um veículo incendiado com um corpo, ainda não identificado, carbonizado no porta-malas. Agentes estão diligenciando a fim de identificar a vítima e elucidar o crime. O caso está sendo investigado pela DHNSGI".
O militar será sepultado às 14h desta quarta-feira, no Cemitério Parque Nicteroy, em São Gonçalo. Parentes do cabo disseram ao RJTV, da TV Globo, que ligaram para o batalhão da área pedindo ajuda, mas como resposta ouviram dos PMs que 'estava tarde para uma operação'.
"O que deveria ser feito, o supervisor de dia, ele deveria reunir toda a equipe e entrar e tirar de lá o meu irmão. Na verdade, isso não foi feito. Não foi tomada essa atitude. Omissão, negligência, incompetência. Como reparar isso? Vai pedir perdão? Desculpa?", apontou o irmão de Samuel, Simões Ribeiro.
Em ligação anônima ao 190, uma pessoa contou que traficantes levaram o policial para uma das entradas do Complexo do Salgueiro, em Guaxindiba, considerado um dos locais mais violentos da região. Na ligação, a testemunha disse ainda que um carro havia sido parado por bandidos por volta das 19h, na Avenida Monteiro de Barros.
A marca e placa do carro informadas pelo denunciante bateram com as referências do veículo de Samuel. Na madrugada, um parente também pediu ajuda, mas foi dito que a PM não poderia fazer nada porque não tinha condições de ir ao local à noite.
Ao RJTV, o porta-voz da PM, major Ivan Blaz, informou que um tenente, identificado como Vinhas, foi preso no 7º BPM. Ele era o oficial de dia na unidade na noite de domingo e teria ignorado o pedido de socorro da família do cabo.