Rômulo foi atingido por pelo menos dois tiros enquanto realizava um serviço  - Reprodução Facebook
Rômulo foi atingido por pelo menos dois tiros enquanto realizava um serviço Reprodução Facebook
Por O Dia

Rio - Um funcionário terceirizado da Cedae morreu, nesta quarta-feira, quando foi fazer o corte de água por falta de pagamento em uma residência no bairro Maria Paula, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do estado. Rômulo Farias Silva estava acompanhado de um colega quando deu de cara com bandidos armados. De acordo com relatos, eles deram meia volta para sair da comunidade. No entanto, os criminosos dispararam e pelo menos dois tiros atingiram Rômulo. Seu colega não foi atingido.

Moradores chamaram o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar, mas denunciam que os agentes das duas corporações teriam dito que a região não era segura para fazer o socorro do funcionário. Além disso, o bombeiro alegou que não tinha o equipamento necessário para realizar o socorro. Uma testemunha ainda denunciou que levou voz de prisão enquanto pedia o socorro. 

O ferido teria sido levado, então, por populares ao Hospital Estadual Alberto Torres, mas não resistiu aos ferimentos. 

Segundo os Bombeiros, Rômulo foi socorrido por equipes do quartel de Charitas, que o levaram até a unidade de saúde. O acionamento ocorreu na tarde desta quarta-feira para a Estrada de Paciência, esquina com a Rua Eucaliptos, no bairro de Maria Paula, em São Gonçalo. Em nota, os Bombeiros ainda informam que vão apurar as circunstâncias do atendimento. 

De acordo com a Cedae, Rômulo era funcionário do consórcio Módulo, contratada pela Cedae. A companhia ainda declarou que está em contato com a empresa a fim de prestar todo suporte possível para a família. A vítima estudava direito na Universidade Salgado de Oliveira. 

Muito abalados, parentes e amigos de Rômulo chegaram na manhã desta quinta feira no Instituto Médico Legal (IML) de Tribobó, em São Gonçalo, para liberar o corpo de Rômulo Farias Silva. Muito abalada, a mãe do rapaz chorava muito e não teve condições de falar com os jornalistas. Um dos amigos do rapaz disse que o que fizeram “foi uma tremenda covardia”.

Dona Danielle, mãe de Rômulo, amparada por uma amiga - Rafael Nascimento/ Agência O Dia

Com a família, uma funcionária da Cedae acompanhava a liberação do corpo. A empresa vai custear o velório e o enterro. 

Rômulo trabalhava no consórcio Módulo há apenas três dias. Seu primeiro dia de serviço na rua foi na quinta-feira, quando ocorreu o crime. De acordo com amigos, ele passou pelo treinamento na segunda e na terça-feira. O rapaz que o acompanhava quando ele foi baleado era um funcionário mais experiente.

 

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