Ruan de Oliveira Dias, vulgo Ganso OU Traquinas - Divulgação / Polícia Civil
Ruan de Oliveira Dias, vulgo Ganso OU TraquinasDivulgação / Polícia Civil
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - Entre os procurados nesta quinta-feira na operação Freedom, contra a maior milícia do estado, está Ruan de Oliveira Dias, conhecido como Trakinas ou Ganso, que foi preso em flagrante, em maio deste ano, com oito armas em Itaguaí, região alvo da ação de hoje. Uma delas era uma submetralhadora MP5, que chegou a ser apontada como a usada na execução de Marielle Franco e Anderson Gomes, hipótese que foi descartada posteriormente. 

Trakinas é apontado como armeiro da milícia de Itaguaí, uma "franquia" do bando de Wellington da Silva Braga, o Ecko, segundo as investigações que deram base para a operação de hoje. Entretanto, mesmo com a prisão em flagrante com oito armas, a Justiça mandou soltá-lo alegando que ele não apresentava perigo, de acordo com o delegado Moysés Santana Gomes, titular da 50ª DP (Itaguaí).

A operação da Polícia Civil com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ), aconteceu em Campo Grande, Cosmos, Santa Cruz e Paciência, na Zona Oeste do Rio, e no município de Itaguaí, na Região Metropolitana do estado.

São 42 mandados de prisão e 90 de busca e apreensão contra a Liga da Justiça, liderada por Wellington da Silva Braga, o Ecko. Até 12h, nove tinham sido cumpridos pelos agentes e quatro pessoas foram presas em flagrante. O subtenente do Exército Marco Antonio Cosme Sacramento, 47 anos, conhecido como Sub, foi um dos presos de hoje. Doze pessoas foram presas no decorrer das investigações.

O militar do Exército, preso em Campo Grande, já respondeu em 2010 por crimes de milícia e homicídio em Guaratiba. Ele é braço-direito do PM Antônio Carlos de Lima, o Sargento Antônio, Toinho, Brow ou Mestre, que é lotado no batalhão de Santa Cruz (27º BPM) e umas da lideranças da milícia de Wellington da Silva Braga, o Ecko. Ambos estão foragidos. Também é procurado o ex-soldado da Polícia Militar Carlos Eduardo Benevides Gomes, o Cabo Bené, são alvos da operação, denominada Freedom.

Responsável por cobrar comerciantes foi expulso dos EUA ao se filiar ao Estado Islâmico

Um dos alvos da Operação Freedom, realizada nesta quinta-feira pela Polícia Civil contra a maior milícia que atua no Estado do Rio, comandada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, foi expulso dos EUA ao se filiar à organização terrorista Estado Islâmico, segundo investigações. Diego Caldeira de Andrada Chaar é conhecido como Alcaida, em referência a outro grupo fundamentalista, a Al-Qaeda. Até 12h, dos 42 mandados de prisão expedidos contra a quadrilha, nove tinha sido cumpridos pelos agentes e quatro pessoas foram presas em flagrante. Doze já tinham sido presos no decorrer das investigações.

Alcaida era responsável por cobrar comerciantes de bairros de Itaguaí onde atua a milícia ligada a Ecko e comandada pelo ex-policial militar Carlos Eduardo Benevides Gomes, o Cabo Bené. Ele também fazia a segurança armada nas regiões dominadas pela quadrilha e integrava grupos de ações contra traficantes.

Chaar foi preso em maio deste ano na rodovia Rio-Santos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), sendo autuado em flagrante na ocasião por receptação e porte ilegal de arma. Um dos mandados de prisão desta quinta-feira foram cumpridos contra ele. 

 

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