Rio - Uma jovem foi ferida a facadas no rosto e na cabeça dentro da estação Marambaia do BRT, no último dia 27. Segundo Letícia Copaja, ela aguardava a mãe, que ia buscá-la, quando um adolescente desceu de um articulado e a abordou. Ele pediu o celular, mas como ela não tinha, o garoto a atacou. Letícia publicou o relato do incidente no Facebook nesta sexta-feira.
Ainda de acordo com Letícia, não havia nenhum funcionário do BRT na estação no momento do crime. Ela foi ajudada por duas senhoras que haviam descido do mesmo ônibus que o adolescente e um morador que ouviu seus gritos de socorro.
"Poderia ter sido muito pior, não fui a primeira e nem a última a ser atacada dessa forma no BRT. Mas, estou contando a minha história para alertar as pessoas e para que algum barulho seja feito na esperança que haja alguma mudança nessa situação em que se encontra a população. Vou carregar pra sempre comigo a marca da violência e do abandono dessa cidade", desabafou a jovem.
Em nota o BRT informou que "apesar do monitoramento através das câmeras de segurança e dos nossos esforços para aumentar o efetivo e melhorar a sua capacitação, coibir transgressões, delitos e crimes de qualquer natureza é atribuição e competência do poder público".
"Estamos à disposição das autoridades de segurança pública para ceder todo o material para a elucidação do caso", disse a assessoria do transporte.
O caso foi registrado na 27° DP (Vicente de Carvalho). Letícia também reclamou da postura dos policiais que atenderam quando ela foi registrar a ocorrência. "Minha maior dor não estava naquela faca, mas sim ao perceber que não encontraria ajuda, suporte ou justiça em quem deveria atuar nesses casos. O atendimento que recebi da 27ª DP ao prestar queixa foi de total desinteresse, praticamente queriam se livrar logo de mim, não prestavam atenção no que eu falava e ainda fizeram pouco caso da minha atitude em denunciar.
Onde está o "em defesa de quem precisar"? Fui marcada pela negligência de um Estado que foi abandonado a própria sorte", disse.
Procurada pelo O DIA, a Polícia Civil ainda não se manifestou sobre a postura dos policiais.
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