
Rio - O BRT informou, no fim da noite desta segunda-feira, que interrompeu temporariamente o funcionamento da linha 17, que leva passageiros de Campo Grande até a estação de Santa Cruz do corredor Transoeste. Essa suspensão tem sido adotada pelo consórcio que administra o transporte desde o início da guerra entre traficantes e milicianos nas comunidades do Rola e do Antares, em Santa Cruz, na Zona Oeste.
Desde o dia 29 de julho, quando foi feita a primeira interrupção, o serviço só não foi interrompido nas últimas madrugadas de sexta para sábado e de domingo para segunda. É a sétima paralisação, em nove dias. Nesta madrugada, o serviço voltou a operar a partir das 4h.
Apesar de alegar que a nova interrupção seria pelo mesmo motivo das outras, falta de segurança para circular pela Avenida Cesário de Melo, que fica próxima às duas comunidades, a região não tem registrado conflitos intenso desde a última quinta. Nesta segunda, de acordo com o aplicativo "OTT RJ" foi feito apenas um relato de tiroteio na região, por volta das 11h, na Favela do Antares.
Passageiros que utilizam a linha questionaram o anúncio da nova paralisação, feita pelo BRT em suas redes sociais. "A situação em Santa Cruz já se encontra estável, mas o respeito aos usuários não", criticou um deles. "A vida segue normal. Outras linhas circulam normalmente, carros de passeio rodam normalmente, mas o 17 tem que para né?!", o passageiro continuou reclamando.
Procurado pelo DIA sobre as informações das quais teve acesso para suspender o serviço por "motivos de segurança" nesta madrugada, o BRT se limitou a dizer, por meio de nota, que "a decisão foi uma medida preventiva de segurança devido à situação ainda muito instável na região da Avenida Cesário de Melo".