Rio - Será enterrado nesta quarta-feira, no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte do Rio, o corpo da vendedora Simone da Silva de Souza. O velório está marcado para as 16h. A jovem de 25 anos, que estava grávida de três meses, foi morta pelo marido após ele desconfiar que não era o pai da criança. O crime aconteceu na casa onde os dois moravam, no Complexo do Alemão, na segunda-feira. nesta terça, o suspeito confessou o crime.
"Ele disse também que estava tomando remédios e acha que isso pode ter alterado a cabeça dele. A gravidez foi o estopim para ele cometer esse crime bárbaro", disse o delegado Luís Otávio, responsável pelo caso. Ele também afirmou que ingeriu bebida alcoólica nas quase cinco horas de depoimento.
Segundo a família de Simone, o marido da vítima, que trabalhava como pintor de paredes, sempre teve um comportamento agressivo e controlador.
"Sempre houve um histórico de agressões, físicas e psicológicas. Esse fato só chegava até a gente pelos vizinhos. Toda vez que tinha briga ela gritava, pedia socorro, e quando os vizinhos chegavam para acudi-la, ela rejeitava ajuda. A Simone nunca contou que ele a agredia", disse Vanessa Rodrigues Mota, de 35 anos, tia da vítima.
Segundo a dona de casa, Simone deixou a filha na escola e recebeu a ligação de Anderson para tomar café em uma padaria na região, quando ele desceu com o filho de 3 anos. Para ela, ele premeditou o crime. "Ele ainda teve a audácia de tomar café com ela antes de matá-la. Ele matou por crueldade", acredita.
Simone e Anderson estavam juntos desde 2010. Segundo depoimento preliminar de familiares, o casal tinha uma relação conturbada e não era a primeira vez que o marido agrediu a vítima. Os dois tiveram uma luta corporal antes dela ser asfixiada dentro do quarto, na frente da criança.
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No momento do crime, uma outra filha do casal, de nove anos, estava estudando. A criança foi pega por Anderson na Escola Municipal Walter Disney, em Ramos, e deixada na casa de parentes em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Ele se entregou na delegacia de Seropédica, na Região Metropolitana do estado, foi levado para a Cadeia Pública Frederico Marques, em Benfica, e seguirá para o Complexo de Gericinó, em Bangu, nesta quarta-feira. Ele vai ser indiciado pelo crime de feminicídio.