Frugoni foi preso em outubro de 2017 em operação da Corregedoria - reprOdução instagram
Frugoni foi preso em outubro de 2017 em operação da CorregedoriareprOdução instagram
Por ADRIANA CRUZ

Os dez policiais militares que transformaram a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Caju em 'mercado Persa do crime' vão para o banco dos réus. A juíza da Auditoria da Justiça Militar, Ana Paula Barros, aceitou a denúncia do Ministério Público (MP) contra o grupo em dois processos. A magistrada enfatizou a existência de gravações telefônicas e até imagens dos policiais roubando um fuzil de Francisco Glauber de Souza, o GB, e Raphael Santiago Rodrigues, o Canjica, que acabaram mortes em emboscada, na comunidade da Coroa. Até o início da noite, a PM não havia informado se eles tinham sido presos.

Na ação por associação criminosa, fraude processual, falsidade ideológica, apropriação indébita e organização de grupo para a prática de violência, a juíza aceitou a denúncia e decretou a prisão do major Alexandre Silva Frugoni de Souza, então comandante da UPP Caju. Além dele, o tenente Iago Ariel Cabral Calheiros; dos sargentos Alexandre da Silva Lino e André Luiz dos Santos Guedes; do cabo Antônio Ariosan Costa Araújo e dos soldados Marcelo de Oliveira Sinflório, Victor Félix Rosa da Silva, Leandro dos Reis Lemos, André Miraglia Moura e Igor da Costa Pereira Drumond.

ROUBO DE FUZIL

No processo sobre o roubo de um fuzil dos traficantes GB e Canjica, em maio de 2017, no Morro da Coroa, oito policiais tiveram a prisão decretada. Mas o pedido do MP para prender o major Frugoni e tenente Iago foi rejeitado sob o argumento de que eles não estavam no local. Mas, por ordem judicial, eles estão proibidos de ir a unidades militares, tiveram suspensos o porte de arma e estão proibidos de sair do Rio por mais de cinco dias, sem informar ao juízo. A magistrada requisitou os passaportes de Frugoni e Iago.

Como a Coluna Justiça e Cidadania publicou com exclusividade segunda-feira, os dez policiais militares foram denunciados pelo Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp), do Ministério Público. Frugoni chegou a ser preso em outubro do ano passado, quando comandava a UPP do Caju. No local foram localizados um arsenal com mais de três mil balas de vários calibres na sala do comandante, armas raspadas e drogas sem procedência.

Segundo a denúncia, os PMs agiram de março de 2016 até novembro do ano passado em áreas das comunidades da Coroa, Fallet/Fogueteiro e Caju.

Você pode gostar
Comentários