Local está preparado para colocação de tapumes em volta das ruínas - Estefan Radovicz / Agência O Dia
Local está preparado para colocação de tapumes em volta das ruínasEstefan Radovicz / Agência O Dia
Por O Dia

Prometido com urgência, o recurso de R$ 10 milhões do Ministério da Educação (MEC) ainda não foi liberado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para a reconstrução do Museu Nacional. Apesar disso, a instituição iniciou ontem as contratações emergenciais, como uma empresa para instalar tapumes que irão proteger o entorno do edifício, impedindo o acesso de pessoas não autorizadas.

"[Os recursos] não estão na conta, mas já estamos fazendo as contratações porque já há a garantia do repasse", disse o diretor administrativo do museu, Wagner Martins. Nesta semana, também deve ser colocada uma cobertura provisória e o escoramento do prédio será feito para que os pesquisadores e os peritos da Polícia Federal possam ter acesso a todo interior do local, o que ainda não aconteceu por conta dos riscos. O prédio do Museu Nacional pegou fogo no dia 2, e cerca de 90% do acervo foi destruído.

"O que estamos focando nesse momento é a questão emergencial. São as garantias do início do trabalho de recuperação do acervo", acrescentou Wagner.

Hoje, são esperados os técnicos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) que auxiliarão no projeto de reestruturação do museu. Os trabalhos de manutenção da estrutura e resgate das peças dos escombros, no entanto, devem durar até o final do ano.

O MEC confirmou que ainda não repassou os recursos para UFRJ, pois um termo de referência das contratações emergenciais será analisado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

No Senado Federal, um requerimento de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a situação dos museus do país foi apresentada na sexta-feira e deve ser analisada no próximo mês.

 

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