Rio - Os familiares de Maria Luzia da Silva, de 69 anos, de Ana Clara da Silva Castro, de 7, e Ana Carolina da Silva Castro, de 5, estão 'em choque' com o violento assassinato da idosa e suas netas. "Não entendemos o que aconteceu. Estamos em choque com tamanha brutalidade. Quem poderia fazer uma monstruosidade dessa?", desabafa Fernando Belchior, de 28, tio das crianças.
A idosa e suas netas foram mortas a facadas na casa onde moravam, que fica na localidade conhecida como Rocinha 2, na Cidade de Deus, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Os três corpos estavam caídos na sala da residência e só foram descobertos no começo da tarde de sábado após vizinhos notarem que a mulher não havia saído de casa durante todo o dia.
Segundo Fernando, as meninas chegaram à casa da avó na noite de sexta-feira e dormiram lá, pois no dia seguinte dona Maria Luzia as levaria para uma festa infantil. "A Clarinha e Carol moravam com a mãe próximo à casa da dona Maria. Elas iriam passear com a avó. Essa pessoa destruiu a família", conta o tio, emocionado. "A família não tem condições de reconhecer os corpos", completou Belchior. O crime teria acontecido durante a madrugada de sábado.
Ao saber da notícia, a mãe das crianças se desesperou e desmaiou. Segundo parantes das vítimas, os pais das crianças são separados e "se dão bem". A mãe está desempregada e o pai é mototaxista na região. Dona Maria Luzia era aposentada e uma das moradoras mais antigas da Cidade de Deus.
Na manhã deste domingo os três corpos já haviam sido periciados e esperavam a liberação no Instituto Médico Legal (IML) do Centro do Rio. Ainda não há previsão para o enterro das três vítimas.
A Delegacia de Homicídios (DH) da Capital precisou entrar no local — que é considerado como o Quartel Geral (QG) do tráfico de drogas da CDD — em um blindado para conseguir fazer a perícia. Até agora não há informações sobre o autor do triplo homicídio e a motivação para o crime.
O Portal dos Procurados divulgou um cartaz em pede ajuda da população para esclarecer a morte de Maria Luíza, Ana Clara e Ana Carolina. "Quem matou?", pergunta o cartaz. O anonimato do denunciante é garantido. Quem tiver qualquer informação sobre a identificação e localização dos envolvidos no crime pode entrar em contato com o Portal dos Procurados pelo Whatsapp ou Telegram (21) 98849-6099; Central de Atendimento do Disque Denúncia (21) 2253-1177, ou pelo aplicativo Disque Denúncia RJ.
