Suspeito é morto em tiroteio em Triagem e grupo incendeia ônibus - Reprodução Redes Sociais
Suspeito é morto em tiroteio em Triagem e grupo incendeia ônibusReprodução Redes Sociais
Por O Dia

Rio - Um homem morreu durante um tiroteio entre policiais e traficantes, na tarde desta terça-feira, nas proximidades do Condomínio Morar Carioca, em Triagem, na Zona Norte do Rio. De acordo com a Polícia Militar, ele chegou a ser socorrido para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu aos ferimentos. 

Ainda de acordo com a PM, o homem portava uma pistola calibre 9 mm quando foi encontrado. Após a morte, um grupo de pessoas ateou fogo em um ônibus da linha 472 (Triagem x Leme).  "As equipes policiais intervieram na ação e o Corpo de Bombeiros foi acionado. O policiamento segue reforçado na região", informou a polícia em nota. Ninguém ficou ferido no incidente.

O Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro (Rio Ônibus) repudiou o ataque. Segundo a instituição, com este caso já são 19 ônibus incendiados na capital somente em 2018. "Além de colocar os passageiros sob risco de morte, esse tipo de crime acaba por prejudicar diretamente os usuários, já que a reposição de um veículo não ocorre a curto prazo, principalmente diante da grave crise financeira que afeta o setor de transporte por ônibus no Município do Rio", diz um trecho do comunicado enviado à imprensa. 

"O Rio Ônibus coloca-se à disposição das autoridades da área de segurança pública para fornecer, sempre que possível, imagens que possam colaborar para a identificação dos criminosos", reafirmou a empresa.

174 ônibus incendiados desde 2016

A Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado (Fetranspor) também repudio o caso. De acordo com a instituição, esse é o terceiro ataque a ônibus em menos de um mês na Zona Norte do Rio. 

"A Zona Norte lidera o número de casos na capital fluminense. Desde 2016, 56 ônibus foram destruídos em 28 bairros da região. Também desde 2016, 174 ônibus foram atacados de forma criminosa em todo o Estado e apenas seis foram recuperados", informou a Fetranspor.

"O custo de reposição é superior a R$ 75 milhões. Vale lembrar que a população é a mais prejudicada nestas situações com a redução da oferta de transportes. Um ônibus incendiado deixa de transportar cerca de 70 mil passageiros em seis meses, tempo necessário para a reposição de um veículo no sistema. Se somarmos a frota incendiada desde 2016 (174), potencialmente, deixaram de ser transportados mais de 10 milhões de passageiros nesses veículos", finalizou a empresa em nota.

 

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