Um incêndio atingiu Coordenação de Emergência Regional (CER) Barra, anexo do Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca - Marcio Mercante / Agencia O Dia
Um incêndio atingiu Coordenação de Emergência Regional (CER) Barra, anexo do Hospital Lourenço Jorge, na Barra da TijucaMarcio Mercante / Agencia O Dia
Por Gabriel Sobreira

Rio - O prefeitura do Rio ainda dá como indefinida a data de reabertura do  Centro de Emergência Regional (CER) do Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, que pegou fogo neste sábado. Entretanto, o prefeito Marcelo Crivella (PRB), afirmou, na manhã deste domingo, que pretende reabrir o espaço ainda esta semana. Segundo ele, o fogo se concentrou na parte administrativa do prédio, que fica no segundo andar. Na transferência de pacientes, três pessoas morreram. 

Ainda não se sabe a causa do incêndio, mas o prefeito do Rio disse que pode ter começado devido a um problema na parte elétrica. "Eu estava conversando com o perito e ele está ainda em dúvidas. Imaginávamos que tivesse sido algum curto-circuito, mas na parte de laboratório diz que tinham também materiais de combustível, álcool, éter e coisas do tipo, muito colchonete também. Hoje a gente vai ficar sabendo. Ele tem muita experiência, pediu para tirar todas as placas para chegar ao solo, e fazer uma pesquisa mais apurada. Ainda não há solução definitiva, mas hoje vamos saber", disse o prefeito Marcelo Crivella na porta do CER.

Equipes da Defesa Civil fazem um trabalho de perícia no prédio para descobrir a motivação do fogo. A Comlurb também está no local e realiza a limpeza.

Família faz críticas após morte

Familiares de uma das vítimas do incêndio que atingiu o Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, ontem, estiveram no IML na manhã deste domingo para liberar o corpo. Esse foi o caso da família de Hugo Antônio Leonardi, de 87 anos.

“Se não houvesse incêndio, não necessitaria de transferência. Foi por causa do incêndio, sim. Sem ele, meu pai estaria lá quietinho, no canto dele com todos os aparelhos ligados até agora, como estava quando a gente deixou ele lá”, conta, muito emocionada, Ana Carla Leonardi Souza, 29 anos.

Segundo ela, o pai estava internado porque teve um AVC há 20 dias e em decorrência disso adquiriu outras patologias como pneumonia e infecção urinária. “Com certeza vou entrar na justiça. Se o prefeito vai até a TV e fala que está prestando total assistência à família, e até o presente momento, a gente não recebeu sequer uma ligação, ele está mentindo. Ele é um mentiroso”, desabafa a analista de departamento pessoal.

Ana Carla, filha do idoso Hugo Antônio, que morreu ao ser transferido de CER da Barra durante o incêndio - Luciano Belford / Agencia O DIa

Ainda segundo ela, a família visitou o aposentado no próprio domingo. “Minha mãe foi visitar ele e estava começando o incêndio. Falaram que com o pessoal da sala vermelha estava tudo bem, que o problema seria na sala amarela”, lembra. Foi quando chegou em casa e viu a notícia pela TV que bateu o desespero. “Vimos que o fogo tinha se alastrado. E meu irmão foi correndo para lá e quando chegou uma médica o puxou de lado para conversar porque o meu pai foi uma das vítimas”, lamenta.

Procurada nesta manhã pela reportagem, a Prefeitura do Rio ainda não se pronunciou sobre as acusações e críticas da família de Hugo Antônio. 

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