Marcelo Piloto durante entrevista coletiva  - AFP / Norberto Duarte
Marcelo Piloto durante entrevista coletiva AFP / Norberto Duarte
Por O Dia

Rio - O narcotraficante Marcelo Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, participará de uma audiência preliminar nesta sexta-feira, no Paraguai. Ele, que está preso naquele país desde dezembro do ano passado, responde por falsificação de documentos e homicídio na Justiça paraguaia. 

De acordo com jornal ABC Color, a audiência acontecerá em um quartel em Assunção e o desfecho dos dois processos são importantes para a extradição de Piloto para o Brasil, onde é condenada a 26 anos de detenção por diversos crimes.

Na semana passada, Piloto concedeu uma coletiva de imprensa em uma tentativa de impedir sua extradição para o Brasil, declarou-se traficante de drogas e armas, além de ser responsável pelo assassinato de várias pessoas e acusou a polícia paraguaia de receber subornos.

Na noite de segunda-feira, a advogada do narcotraficante, Laura Marcela Casuso foi executada de 54 anos, foi executada a tiros em Pedro Juan Caballero, no Paraguai

Ao jornal ABC Color, o chefe de segurança pública Teófilo Giménez declarou que três ou quatro criminosos estão envolvidos na execução. De acordo com o comissário, os assassinos seriam brasileiros porque o veículo utilizado provavelmente foi roubado no Brasil.

Marcelo foi preso no Paraguai em dezembro de 2017. Ele foi encontrado em uma operação da Secretaria de Estado de Segurança do Rio (Seseg), em conjunto com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad), a Polícia Federal brasileira, a Polícia Nacional do Paraguai e a Agência Antidrogas Americana (DEA).

Piloto era homem de confiança de Fernandinho Beira-Mar (preso em penitenciária federal há 11 anos), tendo recebido todos os contatos de fornecedores de armas de Marcelinho Niterói, morto por agentes da Polícia Federal na Maré, em 2011.

Na ficha criminal do traficante, há também participações em ações violentas, como arrastões e ataques a Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), além de resgate de preso.

Segundo o Portal dos Procurados, Piloto, também conhecido como Celo, foi preso pela primeira vez em 1998. Em 2007, seis dias após ganhar da Justiça o benefício do regime semiaberto, ele fugiu do Instituto Penal Edgard Costa, em Niterói, na Região Metropolitana. Contra ele, havia ao menos 20 mandados de prisão.

Piloto faz parte do grupo de dez traficantes, acusados de participar do resgate de Diogo de Souza Feitoza, o DG, de 29 anos, da 25ª DP (Engenho Novo), no dia 3 de julho de 2012. A principal área de atuação dele era em Inhaúma, Ramos, Penha, Bonsucesso, Pilares e Benfica. O traficante costumava ainda promover bailes funk nas comunidades, impulsionados pela venda de drogas, e circular com carros roubados. Em julho de 2010, Piloto teria participado de arrastões na Avenida Pastor Martin Luther King e na Linha Amarela.

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