Pammella Rosanne Gomes Vieira - Reprodução redes sociais
Pammella Rosanne Gomes VieiraReprodução redes sociais
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - A Delegacia de Homicídios (DH) da Capital vai investigar se a morte da jovem Pammella Rosanne Gomes Vieira, de 21 anos, foi execução ou se ela foi atingida por uma bala perdida no final da madrugada deste domingo, em um baile funk na comunidade Mandela II, em Benfica, na Zona Norte do Rio.

Segundo o laudo de necrópsia feito pelo Instituto Médico Legal (IML) do Centro, o disparo foi feito a um palmo de distância da cabeça da vítima. A jovem chegou em estado grave na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Manguinhos, mas não resistiu aos ferimentos.

Informações de testemunhas que estavam no baile funk são de que a arma de um traficante caiu e disparou acidentalmente. A bala atingiu a vítima no rosto. O corpo de Pammella ainda está no IML e no começo desta segunda-feira passou por uma necropsia.

Em depoimento, uma prima da jovem, que estava com Pammella em Benfica, contou que ambas foram em uma festa em São Cristóvão. Por volta das 2h, elas decidiram passar no baile funk— que acontece todos os sábados na entrada da comunidade Mandela II — para conversar com umas amigas.

Ainda segundo a parente, por volta das 4h15, elas escutaram três disparos, distante, e, acreditaram que os tiros tivessem vindo de uma das ruas principais da entrava da comunidade. Em um determinado momento, a jovem disse aos investigadores que escutou uma "história" de que um caveirão (carro blindado da Polícia Militar) iria entrar na favela. A mulher relata que houve um corre-corre, no entanto, ela afirmou não ter visto o blindado.

Na hora do corre-corre o baile estava cheio, e a prima teria corrido para um lado e Pammella para outro e na confusão, várias pessoas caíram umas em cima das outras, segundo o depoimento. A prima contou que se perdeu e posteriormente soube que Pammella havia ido para a UPA de Manguinhos.

Pammella Rosanne Gomes Vieira - Reprodução redes sociais

Na DH, a testemunha afirmou que não tem ideia de onde partiu o tiro que atingiu Pammella, já que os tiros que ouvira haviam sido disparados longe de onde o baile acontecia.

O celular de Pammella sumiu do local do crime, de acordo com informações de familiares passadas para a DH. À especializada, os parentes informaram que o celular estava na bolsa da jovem no momento do crime.

Nesta semana, a mulher será chamada novamente para depor. A informação de que um blindado havia entrado na Mandela II foi negada pelo 22º BPM (Maré). Atualmente, segundo a Polícia Civil, a comunidade Mandela II é dominada pelo Comando Vermelho (CV) que está em guerra com o Terceiro Comando Puro (TCP).

A jovem tinha um filho de 7 anos que morava com ela. Ainda não há informações sobre o velório e enterro da mulher. 

Cunhado lamenta morte de Pammella nas redes sociais - Reprodução Facebook

Familiares e amigos lamentam nas redes sociais 

Nas redes sociais, amigos e familiares lamentaram a morte de Pammella. "Que Deus conforte a vida da nossa família e do meu sobrinho. Que Deus te aguarde em um bom lugar", escreveu um cunhado da jovem. "Não sei porque você se foi. Quantas saudades eu senti e de tristezas vou viver. Aquele adeus não pude dar", publicou uma prima. 

"Mais uma estrelinha que brilha lá no céu", comentou um amigo. 'Não esto acreditando. É difícil, uma menina tão linda e tão nova, que triste", disse outra. 

 

Você pode gostar